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sexta-feira, 13 de maio de 2011

EDITORIAL - CRISE AÉREA

      Faz algum tempo que o problema de transporte aéreo brasileiro chama a atenção e é debatido com muita intensidade. O setor é uma preocupação para a economia do País, principalmente com a chegada da Copa do Mundo de 2014. Em nota técnica em 2009 - Aeroportos no Brasil: investimentos recentes perspectivas e preocupações, o IPEA referiu-se à situação dos principais aeroportos brasileiros e os investimentos para a expansão dos serviços aeroportuários no país. Apontou os problemas dos mais importantes, inclusive os investimentos para a expansão dos serviços aeroportuários de treze aeroportos brasileiros, visando o atendimento da demanda crescente e a realização da Copa do Mundo, em 2014. Aponta que o investimento da Infraero, de R$1,4 bilhão ao ano (de 2011 a 2014) representa mais que o triplo da média anual investida entre 2003 e 2010. Adianta o Ipea que dez dos treze aeroportos que estão recebendo investimentos podem não ser completamente finalizados para a Copa de 2014. Com acidez,  O ministro da Defesa, Nelson Jobim, não gostou das informações do órgão de pesquisa, relegando-as a plano inferior. Não convenceu e os setores bem informados sobre o assunto dão fé nos alertas do IPEA. Em recente seminário técnico que a Academia Brasileira de Eventos realizou em Fortaleza, um dos temas foi “Os bastidores da crise aérea brasileira - o grande desafio para o futuro dos eventos”, quando  o Acadêmico José Wagner Ferreira, diretor da JWF Gestão de Empresas e ex-presidente da WebJet e vice-presidente da VASP e da TAM, com muita lucidez falou sobre a crise aérea do País e os  prejuízos que o problema causará ao turismo, com reflexo grande no cearense. Como está patente, por mais que as autoridades do governo encarregadas da Copa digam que tudo será resolvido a tempo, é difícil acreditar que isto aconteça. E, quem sabe, até poderá haver uma aceleração nas obras previstas nos protocolos assinados. Mas a qual custo se já perdemos dois anos. Os “imbróglios” de licitações, liberação de verbas, início dos trabalhos em muitos estados e outros mais aí estão um tanto indefinidos. Certamente, como sempre acontece neste nosso maravilhoso país de gente tão crédula, a Copa do Mundo e talvez a das Confederações se realizem com aparente êxito. Não sabemos a que custo e se alguns “interessados” levarão vantagem. O jeitinho brasileiro haverá de funcionar.

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