DESTINO CRUEL
O Brasil continua chocado por conta da tragédia que se abateu sobre a Santa Maria, cidade gaúcha que fica a cerca de 300 quilômetros de Porto Alegre. Mais de duas centenas de esperançosos jovens tiveram sua vidas ceifadas quando justamente comemoravam vitórias dentro da casa de shows Kiss, sufocados e queimados em terrível incêndio. Outro tanto, está aí a padecer nos hospitais ainda na esperança de que consigam se sair do pesadelo. A tragédia, contam as notícias, teve cenas de horror indescritíveis, quando esperançosos jovens procuravam sair do inferno em que se transformou o local. Gritos desesperados, empurra- empurra para se livrar das chamas. Enfim uma madrugada de desespero que abalou não apenas o Brasil mas todo o mundo. No calendário dos tempos a vida é um relâmpago. O nascimento é incerto, mesmo depois de plantada a semente. A morte, porém, é a única e verdadeira certeza. Traiçoeira, ela vem sempre, “desfazendo ilusões, matando enganos”. Os rapazes e moças foram à boate para festejar vitórias após suados tempos de estudo e dedicação. Estavam felizes e vislumbravam um futuro cheio de glórias. Mas o relâmpago da vida interrompeu os devaneios. Destino cruel. Agora é rezar para que os mutilados de corpo e de espírito, os que se salvaram, abatidos e psicologicamente arrasados, se recuperam e tenham forças para atingir os objetivos idealizados. Pensamento positivo também para que os abatidos e chorosos pais, familiares, colegas e amigos tenham a graça divina de superar a dor que lhes atingiu.
A ABRAJET TAMBÉM DE LUTO
Haja saudade. Há tempos, foi o Sínval, do Amazonas, e o Paulo Matos, de São Paulo, entre outros colegas que no0s deixaram. Mais recentemente, perdemos o José Otávio, de Alagoas, e a querida Silvinha, de Sergipe. Agora, a Abrajet acaba de perder mais duas referenciais. No último dia 22, em Porto Alegre, faleceu, aos 83 anos, o jornalista Wilson Müller, um dos seus ex-presidentes nacionais e também da Seccional do Rio Grande do Sul.
Em todas as fases da vida associativa, Müller foi um exemplo de trabalho, coerência e dinamismo, honrando sempre a instituição dos jornalistas de turismo. Na sua longa trajetória de periodista na terra gaúcha, sempre se destacou, a partir do Diário de Notícias, sua primeira experiência na imprensa. Como advogado, trabalhou no governo de Leonel Brizola, atuando como procurador do Instituto Nacional de Previdência Social. Por cerca de 20 anos, foi assessor direto do fundador da RBS, Maurício Sirotski. Dirigiu a TV Educativa e a Companhia Riograndense de Turismo (CRTur), exerceu a presidência da Câmara de Turismo do Rio Grande do Sul e também a vice-presidente da Associação Riograndense de Imprensa (Ari).
Ainda abalados pela informação do falecimento do Wilson Müller, acabamos de receber a informação de que também viajou para o Oriente Eterno o jornalista José Anchieta Correia, um dos mais antigos e destacados militantes do quadro da nossa Abrajet. O prudente e atuante Anchieta teve exercício efetivo na entidade nacional em diversos cargos. Conforme informações do jornalista cearense Ciro Pinheiro, abrajeteano com atuação em Rondonia, Anchieta faleceu em Terezina (PI), cidade em que exerceu destacadas funções, entre as quais a de 1º presidente da Piemtur. Nos últimos anos, morava em Porto Velho, onde reside parte de sua família. Em continuada e dinâmica ação, foi presidente da Abrajet-RO e um entusiasta da atividade, inclusive com livro publicado sobre turismo. Em momento de tanta comoção nacional, com muito pesar registramos pesarosos o falecimento dos dois queridos colegas. A nossa entidade está de luto e o jornalismo de turismo ficou menor.
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