Pesquisar este blog

quinta-feira, 11 de abril de 2013

CALEIDOSCÓPIO - VANDALISMO


VANDALISMO

A imprensa de Fortaleza noticiou que dos seis Veículos Leves sobre Trilhos que devem circular diariamente entre Fortaleza e Caucaia, quatro  encontram-se  parados, em razão de depredação de vândalos moradores, principalmente, entre as estações de Álvaro Weyne e Padre Andrade. Além dos VLT,  os trens do Metrofor que fazem o trajeto da estação João Felipe à de Pacatuba também são constantemente depredados, tendo como pontos críticos  a faixa que vai do Antônio Bezerra ao Conjunto São Miguel. O pior é que os lamentáveis fatos ocorrem com as composições ferroviárias que trafegam nos subúrbios de cidades de todo o Brasil. Até agora, têm sido infrutíferos os esforços para debelar tão nefasta ação. A intervenção dos órgãos responsáveis pelos sistemas ferroviários e as polícias está sendo infrutífera. Por que? Salvo melhor juízo, o problema não é só de repressão. Os locais da ação dos delinquentes, quase sempre jovens, são sempre pouco assistidos, habitados por moradores pobres, sem maior atenção das autoridades. Suas famílias vivem em  moradias de baixa qualidade, não há escolas eficientes nem locais que ofereçam opções para os jovens se preparem melhor para uma vida digna. Sem uma família estruturada, sem opções para estudo e lazer, o caminho tem que ser a  marginalidade: o vandalismo, o uso de drogas, passo certo para a criminalidade. Polícia apenas minimiza o problema, em  português do dia a dia,  chuta a bola prá frente. Se desejarem mesmo encaminhar soluções para num futuro problemas que tais sejam minimizados ao extremo, cuidem da pobreza periférica de todos os estados oferecendo-lhe, moradias decentes,  condições de trabalho digno para os chefes de famílias e adultos, criem escolas, muitas escolas realmente eficientes, além de parques e ambientes para que as crianças e adolescentes convivam num ambiente saudável. O mais, é como oferecer carros-pipa para saciar a sede dos viventes do semi-árido,  como se isto resolvesse o problema dos que sofrem com a seca no Nordeste.

A CONQUISTA DAS DOMÉSTICAS

Entrou em vigor na semana passada a lei aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados e no Senado concedendo direitos trabalhistas às domésticas, iguais a outros trabalhadores brasileiros. De fato, corrigiu-se uma injustiça imposta às domésticas desde que o Brasil é Brasil. Se é o que entendemos, os senhores parlamentares agiram muito bem em relação à laboriosa e querida classe,  mas foram omissos, para não dizer injustos com os patrões, agora tratados como empresa, sem as benesses concedidas aos empresários. Há muitos afortunados que sem pestanejar podem cumprir o que determina a Lei, pois ganham  bom de dinheiro,  como os deputados, senadores, magistrados, ministros , outras altas  autoridades e servidores das casas legislativas ou de empresas de grande porte. E nós, da periferia, como vamos nos sair  desta?  Só pensamos na sinuca de bico em que se encontra a família que tem uma doméstica,  quase dona da casa, pois criou os filhos e netos do patrão ou patroa  com quem mora há décadas. E se o gaiato de um companheiro, de um  filho ou genro desta doméstica virar-lhe a cabeça para que  exija seus direitos trabalhistas? Ei, ei! Não há dúvida de que é preciso nova lei para preencher o que a Lei das Domésticas omitiu. Elas não têm culpa das omissões dos  apressadinhos. Mereciam as conquistas, mas, como está ,  talvez muitas possam ser vítimas do que lhes foi concedido.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário