Os brasileiros tivemos uma desagradável e impactante notícia já quase no final da manhã de anteontem (13). Em desastre de avião ocorrido em Santos, morreu Eduardo Campos, que cidade paulista iria cumprir agenda de sua campanha a presidente da República. Cheio de uma vida promissora para os destinos políticos do Brasil, o ex-deputado e ex-governador de Pernambuco, não obstante aparecer nas pesquisas de opinião em terceiro lugar, poderia alcançar patamares muito melhores e até ser o consagrado maior nas urnas de outubro próximo. Ao lado de Marina Silva , a sua mensagem era moderna, objetiva e sem grandes promessas a não ser que pretendia conduzir a Nação a patamares de real progresso, livrando-nos da fracassada política em voga, em que alianças espúrias para sustentar a governabilidade nos tem conduzido a quase um fim de poço. Desfizeram-se pela fatalidade os sonhos de um moço de bem com a vida; um pai de família, atestam, exemplar no convívio com sua esposa Renata Campos e os cinco filhos; um amigo sincero; um governador que tivera mais de 80% de aprovação dos seus conterrâneos pernambucanos e um candidato a presidente cheio de boas propostas. Completara 49 anos no último domingo e, coincidência fatídica, teve a vida ceifada justamente na mesma data – 13 de agosto – em que falecera o seu avô , ídolo e mentor político Miguel Arraes. Esbanjando vida e esperanças, na noite anterior cumpriu agenda no Rio, inclusive concedendo entrevista a televisões. Estava prevista na manhã do desastre entrevista coletiva na Praia do Mercado, às 10h30. O Cesna 560XL em que viajava, registrado em nome da empresa AFAndrade Empreendimentos e Participações, decolara do Aeroporto Santos Dumont. Era relativamente novo (2011), com o certificado de aeronavegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia. Com Eduardo Campos, morreram também os companheiros de viagem, assessores Pedro Valadares e jornalista Carlos Augusto Percol, Marcelo Lira, cinegrafista e Alexandre Severo, fotógrafo, além dos pilotos da aeronave Marcos Martins e Geraldo da Cunha. Com pesar, registramos o sinistro. Infelizmente, o imponderável aconteceu. No momento, que as hienas da política, pelo menos, deixem que Eduardo Campos vá para o seu repouso final, junto ao avó, Miguel Arraes. Depois, como é praxe, partam para os cotidianos conchavos.
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