UMA LINGUAGEM MAIS ACESSÍVEL
Em seu lido e apreciado “Menu Político”, no caderno “People”, de “O Povo”, citando relatório da OEA para a Unesco, o competente jornalista Plínio Bortolotti comentou sobre os problemas advindos com a concentração da mídia no Brasil, nas mãos de uns poucos grupos, fato que gera muitas distorções. Cita o colunista um dos membros do Relatório da ONU, Knight, que afirma ser impossível “plena liberdade de expressão em um país se não houver um sistema de mídia pluralista e diverso”. Adianta mais do documento da Unesco que “...a falta ou acesso restrito à diversidade de informação ameaça o próprio desenvolvimento econômico de um país”. Parece que estamos vendo o retrato do Brasil. Os grandes jornais do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e do Ceará também estão nas mãos de uns poucos, os quais pendem para onde “seus donos” ditam a linha. A ideologia destes órgãos depende quase sempre dos interesses econômicos das próprias empresas, dos donos maiores. A linha independente sumiu na avalanche dos interesses dos grandes conglomerados. Afora tudo isto, ainda nas observações do Plínio, a alfabetização midiática é outro grande problema da atualidade. Estamos numa geração que nada solta nas grandes marés da tecnologia. Sabe tudo. Surfa. Duvida-se, contudo, que seja plenamente capaz de distinguir, com certa profundidade, a verdade da mentira, o falso do verdadeiro. Agora, dando uma guinada, dizemos nós que, dentro da atual linguagem dos órgãos de comunicação, os mais idosos, quase sempre ficamos a ver navios diante de notícias, comentários ou artigos. Os estrangeirismos exagerados, os termos técnicos usados a todo instante nos deixam tontos. Não seria de bom alvitre que, para orientar os desatualizados velhinhos, os órgãos de comunicação fizessem como a Crestomatia do ensino de antigamente? Na parte final de cada página colocava o significado das mais difíceis palavras assinaladas
PROJEÇÃO PARA O TURISMO DE FORTALEZA
Durante a reunião em que a diretoria do Visite Ceará/Fortaleza Convention & Visitors Bureau realizou. na última terça-feira, o secretário de Turismo de Fortaleza, Alexandre Pereira, usando recursos visuais, apresentou aos presentes, com minuciosas explicações, os projetos que serão desenvolvidos até 2020 para qualificar os mais importantes pontos turísticos da cidade. Didaticamente, foram explicadas as melhorias pretendidas e os caminhos para alcançá-las. A partir da Barra do Ceará e até o Mucuripe, passando pelo centro da cidade, bairros históricos e os em que a gastronomia chama a atenção, conforme o relato, a Prefeitura, com a participação do governo estadual, projeta acentuado grau de intervenção, com a pretensão de preencher lacunas, corrigir distorções, enfim consolidar Fortaleza como uma cidade de fato atraente para os turistas e, mais ainda, para a população local. Superando os gargalos existentes de saúde, urbanismo, mobilidade urbana, limpeza, segurança pública e outros mais visíveis, Alexandre Pereira considera que Fortaleza nestes anos futuros será um destino pedra noventa no turismo nacional. Tudo bom, tudo muito bonito. Sem deixar de acreditar em planejamento sério, enfatizamos que é bastante árdua a caminhada para se alcançar o objetivo pretendido. ´Preciso é que sejam apoiados substancialmente pelos governos estaduais e federais. Lembramos, por exemplo, que se o problema da segurança pública não for devidamente equacionado, tudo irá de águas abaixo. Não saem da nossa memória as noitadas fulgurantes da Praia de Iracema, principalmente no entorno do Estoril, as quais não duraram muito tempo. Os maconheiros, assaltantes, a prostituição, a insegurança pública tomaram conta do pedaço e, logo, dali afastaram os fortalezenses e turistas. Assim, rogamos aos céus que os planos expostos pelo secretário se concretizem e superem a realidade atual. São eles necessários.
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