Antonio Jose de Oliveira Pres da Abrajet CE |
Lemos, no final de semana, na edição de sábado do Diário do Nordeste, matéria com o título “Fortaleza propõe ser cidade-irmã de Porto, em Portugal”. Lembramo-nos de que, quando do funcionamento da Fortur (Fundação de Turismo de Fortaleza), com “status!” de secretaria municipal, vinculada ao gabinete do prefeito Antônio Cambraia, da qual, na hierarquia, éramos a pessoa, depois do presidente Edgar Sá, vivenciamos o início do Projeto Cidade-Irmã, precisamente, com Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso.
Feito o convênio entre mencionadas prefeituras, dirigentes e técnicos da Fortur, acompanhados de alguns empresários do trade turístico local, dentre os quais Eliseu Barros, diretor do Marina Park Hotel, foram à bela e acolhedora Cuiabá, com esticada ao Pantanal e a outros recantos daquele Estado.
Na verdade, uma visita proveitosa, pois, na oportunidade, divulgamos o potencial turístico de Fortaleza e, por extensão, do Ceará, que agradou às autoridades locais, secretários municipais, incluindo o de turismo, agentes de viagem, hoteleiros, dirigentes de companhias aéreas, de eventos, guias de turismo, imprensa, de modo geral, além de convidados especiais.
Dois meses se passaram e eis que Fortaleza, por intermédio da Fortur, com apoio do trade turístico fortalezense, recepcionou a caravana de autoridades e representantes de organizações públicas e privadas do segmento turístico de Cuiabá, que retribuíram a visita e divulgaram os atrativos naturais e artificiais da capital e do Mato Grosso.
Na oportunidade, os visitantes conheceram o maior parque aquático, na orla marítima do Brasil, o Beach Park, onde desfrutaram de seus atrativos e almoçaram no luxuoso restaurante Azul do Mar. Na época, não possuía os atrativos da atualidade, mas enchia os olhos de quem o frequentava pela prestação dos serviços de qualidade, gastronomia, limpeza da área, segurança e pelo que o empresário e dono do Complexo Turístico Beach Park, Joãozinho Guinle, e o sócio-minoritário e atual secretário estadual do turismo do Ceará, Arialdo Pinho, construíam e traziam de novidades, para satisfazer o gosto dos fortalezenses e dos exigentes turistas, inclusive do exterior.
Mas, retrocitado projeto não foi adiante. Ficou na boa intenção dos dirigentes e técnicos da extinta Fortur, na administração do saudoso e um dos grandes prefeitos de Fortaleza, o médico, especialista em Dermatologia, Juraci Magalhães. É que Turismo não era prioridade na gestão de Juraci Magalhães. A prova da assertiva é que turismo funcionava atrelado à Secretaria de Cultura, sendo, apenas, mero departamento.
Ressalte-se que o secretário era o amigo e ex-colega, na assessoria de Imprensa e Relações Públicas do Banco do Nordeste, o jornalista e promotor cultural de Fortaleza, Cláudio Pereira, de saudosa memória, que nos convidou, para ser o responsável pelo departamento de turismo da prefeitura de Fortaleza. Não aceitamos o convite, haja vista que Juraci não priorizaria o turismo e ficaríamos ocupando um birô, sem pôr em prática o que julgávamos necessário e benéfico, para o desenvolvimento racional do turismo fortalezense, além da divulgação do seu potencial Brasil afora.
Quanto à atual proposição de tornar Fortaleza Cidade-Irmã de Porto, em Portugal, desejamos que se concretize e ocorra, mais tarde, com as de outros países, mormente da América do Sul e da Europa, com a vinda de mais estrangeiros, os quais ensejariam a geração de mais empregos e divisas, em dólares e euros, para os minguados cofres municipal e estadual, mediante seus gastos com hospedagem, compras, entretenimento, lazer, sem falar de que disseminariam, boca a boca, o que há de belo, útil e agradável, em Fortaleza e no Estado do Ceará, ao retornarem a seus lugares de origem.
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