EM QUEDA LIVRE
É um assunto que comento constrangido. Pensamento geral é que roupa suja se lava em casa. Mas, como já está público pelas redes sociais, aqui vai a opinião de um velho militante. A nossa Abrajet, de um passado afirmativo e cheio de conquistas e serviços prestados ao turismo brasileiro, infelizmente está em queda livre. Oficialmente criada em 1957, no Rio de Janeiro, surgiu do idealismo dos jornalistas Domingos A. C. Brandão e Fernando Hupsel de Oliveira, ao lado de pioneiros como Belfort de Oliveira, Fernando Hupsel de Oliveira, Luiz D.P. Bravo, Aulette de Almeida, Hilda Perez de Medeiros, José Mario Alves da Silva e Oberon Bastos de Oliveira, como enumera Hélcio Estrela no seu livro sobre a história da entidade. Num ambiente em que turismo era uma atividade quase desconhecida, outros idealistas abraçaram a ideia, entre tantos Araújo Castro, Paulo Matos, Carlos Casaes, José Mário Pinto. De conquistas em conquistas, a entidade espalhou-se Brasil afora, chegando a congregar 24 seccionais, com raízes em quase todos os estados brasileiros. Mas, após vitórias marcantes a já conceituada agremiação começou a patinar após o final da administração de Júlio César Rodrigues/Claret Rezende, em maio de 1990. No Congresso realizado em Foz de Iguaçu, como ficara assentado, seria eleita a chapa encabeçada por Artur Rezende, de Goiás. Contudo, na reunião do Conselho, num “golpe de mestre”, o jornalista Cláudio Magnavita conseguiu ser o escolhido, ficando Rezende na vice-presidência, com a promessa de que seria o “cap” na eleição seguinte. O estranho é que Cláudio estava afastado da Abrajet/Bahia, mas recebeu o beneplácito de Edmundo Lemos, então presidente da seccional da Boa Terra. Daí em diante reinou Magnavita por oito anos. Seria injusto dizer que o “meu rei”, como dizia o pernambucano Luiz Felipe, não projetou a entidade. Sua a maior conquista foi a inclusão da Abrajet no Conselho Nacional de Turismo. Ainda mais, as comemorações dos 50 anos da Abrajet e, também, as reuniões que promoveu em Lisboa e Buenos Aires. Mas as “bondades” se ofuscam diante da sua maneira de administrar. Foi um Luis XIV – “Lè etat est moi”, com projetos próprios. Não deu bolas para ninguém, fez e desfez como quis. Inteligente, competente, mas maquiavélico, com ppprojetos próprios. Manobrou sempre, sem cerimônia, as reuniões do Conselho da entidade. Enfim, sem dúvida, seu egoísmo apaga o que seria a imagem de um grande administrador. Talvez por “cansaço”, escolheu Hélcio Estrela como seu sucessor, mas com ele teve muitas rusgas porque não podia manobrar como queria o órgão. Seu ardil continuou na escolha da atual presidente da Abrajet, pessoa altamente vaidosa, instável, desagregadora e que pensa, como seu tutor, que a Abrajet é sua. Se o pleito em João Pessoa, em 2016, foi altamente manipulado, sob as bênçãos do patrono, o da reeleição, em Santos, também sob as bênçãos do tutor, foi muito pior. Uma lástima. Votaram “jornalistas” de São Paulo que eram eficazes cabeleleiros, ou provectas senhoras de prendas domésticas que de jornal conhecem, talvez,através de leitura. Agora, a “presidenta” marcou uma reunião do Conselho para este final de Semana. O Edital de Convocação está repleto de ameaças para as seccionais que não estiverem em dia. Será que a Abrajet Nacional suportará uma auditagem isenta, oficial? Temos informações de que cerca de oito ou nove das dezenove secionais atuais não comparecerão à reunião de Pirituba,SP. O estouro da boiada está em curso.
A análise do jornalista de Turismo José Carlos sobre a Abrajet, de que é o decâno, é perfeita e mostra com sapiência e verdade os acontecimentos que marcam a associação de jornalistax de turismo. Lembra que a Abrajet está dividida graças ao apego ao poder da atual presidente Miriam Petrone, eleita em Santos num pleito em que o Estatuto foi violado severamente. Assim, esperamos que a tradição, a história da Abrajet sejam respeitados e atual presidente renuncie.
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