Antonio Jose de Oliveira Presidente da Abrajet CE |
Há muitos anos, quando se iniciou a transformação da outrora Rua do Seminário da Prainha, no qual fomos seminarista, durante cinco anos, ambiente onde passaram grandes vultos do mundo intelectual, religioso, político e social, como os imortais Austregésilo de Athayde, presidente, por vários anos, da Academia Cearense de Letras; Padre Cícero Romão Batista, esperando que o Vaticano o canonize santo; Dom Hélder Câmara, reconhecido, internacionalmente, como o defensor do pobres e dos abandonados pela sociedade, Padre Azarias Sobreira, nosso professor de Português e da Academia Brasileira de Letras, afora outras personalidades ilustres, defendíamos a ideia de que a Monsenhor Tabosa devia ser um centro comercial, funcionando até às 22 horas e coberta.
Na terça-feira, 30 de maio de 2017, ao ler matéria, no jornal Diário do Nordeste, sobre o assunto retrocitado, resolvemos escrever algumas linhas, para elogiar a iniciativa da Prefeitura de Fortaleza em transformar a Avenida Monsenhor Tabosa, num centro comercial, aberto até às 21 horas e com atrativos culturais a cargo das Secretarias Municipais do Turismo e da Cultura, capazes de atrair visitantes e fortalezenses para aquela área comercial. Dois exemplos de ruas comerciais, sem fluxo de veículos, e cobertas, visitamos em Gramado, no Rio G. Do Sul, e em Curitiba-Paraná.
Bem! Se, realmente, passar a funcionar a Avenida Monsenhor Tabosa como verdadeiro centro comercial, (o Quarteirão da Moda), com lojas de confecções, artesanato de várias modalidades, calçados, restaurantes, bares, locais de entretenimento e outros atrativos, vamos logo exigindo que seja uma área coberta, sem fluxo de veículos, porém com a presença de policiais militares e da guarda municipal, para evitar assaltos, à mão armada, aos visitantes e aos estabelecimentos comercias, desde o horário da abertura até o fechamento, do que chamaremos “Corredor Turístico Comercial de Fortaleza”. Ah! Existem, nas proximidades da Monsenhor Tabosa, a sede do Sebrae- Ceará, onde acontecem exposições de artesanato e outros eventos, sem falar do luxuoso Hotel Praia Centro.
Por que policiamento ao longo da Avenida Monsenhor Tabosa, quando for requalificada a área e seu entorno? É evidente que a presença constante de turistas atrairá, inclusive à noite, atrairá, sem dúvida, marginais e traficantes adultos e menores de idade, que poderão afugentar os frequentadores. Dizemos isso, haja vista a Praia de Iracema ter sido preterida pelos fortalezenses e muitos restaurantes fechados, durante um bom tempo, quando marginais invadiram aquele bairro, fazendo dali seus locais preferidos de atuação. Saiba o leitor que sempre desejamos o melhor, para o turismo cearense e, se criticamos, de modo construtivo, o que não é correto, para esse segmento econômico, é para não sermos omisso, como jornalista e presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo ( Abrajet-Ceará) e escrevermos, há mais de 35 anos, sobre assuntos turísticos.
Hoje, com o funcionamento das Secretarias Municipais do Turismo e da Cultura, espera-se que volte a ser um dos recantos bastante frequentado pela população fortalezense e turistas. Afinal, nas suas imediações, há o famoso Centro Dragão do Mar de Artes e Cultura, a Biblioteca Pública (em reforma), a Caixa Econômica Cultural, um Centro Comercial de Confecções e algumas boates, bares e restaurantes, a exemplo do Pirata Bar, frequentadíssimo, nas noites de segunda-feira, sobretudo, no período das altas estações, do empresário Rodolfo Trindade, que o herdou do pai, o saudoso empresário Júlio Trindade, que o conhecemos, administrando O Pirata Bar, considerado pelo Jornal New York Time, a noite mais movimentada de Fortaleza, às segundas-feiras, onde o falecido sanfoneiro Azeitona, que, como me disse, ajudou a carregar, durante três anos, a sanfona do “Rei do Baião”, o imortal compositor e cantor pernambucano Luiz Gonzaga, o Gonzagão.
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