Hoje, 24 de Janeiro, distancio-me da temática habitualmente inserida neste espaço para me permitir uma introspecção. E o faço movido por uma intensa emoção que me surpreendeu deste que os meus olhos me permitiram as primeiras imagens do dia.
Que o JOSÉ CARLOS e toda a sua legião imensa de seguidores me permitam esta vilegiatura informal.
É que, quando a vida nos surpreende com a luz de mais uma esperança, indicando-nos o anexo de mais um quilômetro acrescentado à estrada que percorremos, já há 82, não há como impedir que a mente deambule pelo espaço caminhado e nos cumule de novas e intensas emoções.
Passa, então, pela nossa sensibilidade todo um extenso e vigoroso filme, marca da caminhada que não foi tão serena. Testemunho que nos leva, invariavelmente, a uma avaliação do que nos foi propiciado durante todo o trajecto.
E o que faz vibrar com intensidade cada célula que integra este corpo, são os capítulos, tantos, que me sugerem as múltiplas emoções vividas. A fantasia leva-me aos primórdios do meu começo. E me confronta com a imagem das duas primeiras e mais importantes presenças, aquelas que me concederam a geração: JULIETA E ZEQUINHA. Por consequência natural, mais uma: HÉLIO.
A nostalgia da ausência produz também, sem atropelos, àquela que povoou os tão ricos 60 capítulos destes 82: e o coração comprime inda mais pelo extremo sentimento da saudade. TEREZA deixou nesta carcaça alquebrada um vazio sem alento. Que não suporta resistir às lágrimas do cotidiano.
Afinal, foram sessenta anos do que costumamos intitular como felicidade. Dela, as notícias que me permitiram conservar duas jóias preciosíssimas que me conduzem hoje: CARLA E HELGA, junto à candura tão aconchegante de LORENZA, constituem o meu grande patrimônio.
A lista dos comoventes atropelos não se esgotaria aqui numa só investida. Desde ontem, com JUREMA, até o FLÁVIO e a NELCI, e muitos, as mensagens me trouxeram a esta divagação, um tanto difícil porquanto a vista tumultuada não me concede tanto a clareza precisa para organizar estas memórias.
Mas, desde segunda-feira, 22, que fui alertado para a enxurrada de sensações violentas. Surpreendentemente, o DUDA, essa mesma figura tão estimada do EDUARDO TAWIL, companheiro de tantas jornadas, abalou-me ao me contactar para informar que havia programado para hoje, na companhia de ANA MARIA e mais uma companheira, raptar-me dos meus pagos para, em instantes de degustação, enriquecer-me com um gesto tão carinhoso quanto rico de comoção.
As imagens de um passado intenso e um presente não inferior atropelam-me na busca da forma mais simples, ainda que mais poderosa, do reconhecimento. Que se materializa na avaliação que busco promover sobre a riqueza destas andanças. E, sem falsa modéstia, reconhecer que estes 82 km da minha estrada tornaram-me um homem extremamente rico.
Os bens maiores acumulam-se de sorte a construir a monumental riqueza que pulula no meu espaço. Na avaliação de que não posso fugir, está aí o acúmulo de uma legião de queridas expressões, acrescentadas a cada passo por cada momento deste mundo de Nosso Senhor.
Olho atrás e vejo que as iniciativas que busquei com a valorização da relação em comunidade me propiciaram, em cada capítulo, agregar mais valores dessa legião. Conforta-me, pois, o saldo da contabilidade na multidão maravilhosa dos tantos “irmãos” que agreguei a cada investida.
Resta-me, na contagem regressiva em que todos nos inserimos, nada mais, nada menos, do que agradecer a Deus pela venturosa caminhada.
E a vocês todos, pelo privilégio da companhia.
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