O artigo desta semana é fruto de uma visita, como assessor de comunicação da Ematerce, a um empreendimento turístico, porém da denominada Agricultura Familiar, acompanhado da Psicóloga Fernanda Aquino, e de seu marido, ex-técnico da citada empresa, Afonso Aquino, e do técnico Francisco José de Macedo (Gildo), responsável pelo escritório local da Ematerce.
Trata-se do Balneário Lagoa Bar, numa área de quatro hectares, situado no distrito de Gado dos Rodrigues, distante três quilômetros da sede municipal de Palmácia, na região serrana do Maciço do Baturité, pouco mais de 100 km de Fortaleza, capital do Estado do Ceará. Vale destacar que a Ematerce orienta a família de agricultores familiares, composta pela viúva Zilmar Vieira Alves e seus seis filhos, no tocante ao desenvolvimento sustentável do retrocitado equipamento turístico rural.
Em lá chegando, ficamos encantado com a belíssima paisagem ao redor do Balneário Lagoa Bar e com o que vimos em termos de infraestrutura física de suporte ao turismo na Agricultura Familiar, que difere do denominado Turismo no Espaço Rural, explorado por ricos empresários, que transformaram fazendas em hotéis ou em pousadas, proporcionando mais acomodações, conforto, entretenimento, lazer, sem falar de uma gastronomia mais variada e sofisticada.
Mas, vamos ao que interessa: ressaltamos, primeiramente, a iniciativa de um pai de família, falecido aos 63 anos de idade, em 2013, em Palmácia, seis depois de ter comprado um terreno de quatro hectares e iniciar a exploração de uma atividade econômica, num lugar ermo, de zona serrana, ou seja, o Turismo Rural na Agricultura Familiar. Mas, seu projeto tinha tudo, para não ir à frente, pois, seis meses, após a compra do terreno, veio a falecer em 2013.
Passados os momentos de tristeza, a viúva Zilmar, com apoio dos seis filhos (três homens e três mulheres), incentivados pelo Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), mediante as orientações dos extensionistas da Ematerce, deram-se as mãos e resolveram tocar o empreendimento para frente. Atualmente, mãe-viúva e filhos orgulham-se de ter conseguido realizar um sonho do marido, do pai de três homens e de três mulheres, todos casados, e com filhos menores de idade.
No Balneário Lagoa Bar, a família explora o cultivo de hortaliças e um pomar, feijão, fava, milho, macaxeira. Criam, também, galinha caipira, pato, ganso, marreco, peru, porco e um pavão. Com seis anos consecutivos de seca, foi obrigada a transferir as cabeças de gado para outra localidade. Na lagoa, criam diversas espécies de peixe, como tilápia, tambaqui, pirarucu, para consumo da família e dos visitantes.
Para hospedar turistas, a família construiu uma pousada, com duplex, quatro apartamentos duplos e individuais, comportando até 4 pessoas por unidade. Em termos hídricos, possui três cisternas de placa, de 15 mil litros de água, duas cisternas tipo calçadão, com capacidade de 52 mil litros de água armazenados, usados para irrigar as hortaliças, fruteiras e uso em outras utilidades domésticas. Vale acrescentar que o empreendimento envolve gastronomia e lazer.
Dispõe de um restaurante, de uma piscina, de um lago para “Pesque e Pague”, um campo de futebol, alugado a R$ 50,00 por hora de jogo, um bar e outros atrativos. No fim do bate-papo com a mãe e seus filhos, encheu-nos de satisfação ouvi-los dizer que o empreendimento turístico vem dando certo e que parte do dinheiro apurado é investida na ampliação e no melhoramento do Balneário Lagoa Bar.
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