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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

MAIOR MANIFESTAÇÃO DO PLANETA ENCERRA CICLO

SALVADOR, MEU CARNAVAL – A maior manifestação de rua do planeta, o Carnaval da Bahia, terá como tema “Salvador, meu carnaval”. Este ano, está havendo um movimento no sentido do aumento considerável dos trios sem cordas, priorizando o folião “pipoca”, aquele que não adere aos blocos organizados.
Para se ter a idéia de qual será a movimentação da folia momesca, os números registados na festa do ano passado dão uma perspectiva do que ocorrerá este ano. Vejamos somente na avaliação dos órgãos municipais: um mil guardas municipais encarregados da segurança (afora a polícia civil e militar do Estado); dez mil ambulantes com 2,5 mil licenças de isopor; 1,2 mil fiscais de ordenamento e iluminação; 11 postos de saúde; 2,6 mil sanitários químicos; mais de 3 mil garris.
Além disto, 791 apresentações no Carnaval, 997 horas de música até a terça-feira, mais quatro horas de arrastão na quarta-feira de Cinzas. Ou seja, mais de uma mil horas de som.
Foram 300 apresentações sem corda durante a festa, com tempo médio de desfile de 4,5 horas (melhor performance de todos os tempos). Os palcos temáticos: samba, multicultura e rock, tiveram uma média de 27 mil pessoas nos dias de folia. 
O Palco Skol registou média de 80 mil pessoas por noite. No total, 19.202 artistas se apresentaram no Carnaval baiano. Os bairros receberam 250 apresentações e 800 mil foliões. Até a Vila Infantil recebeu 6.073 crianças. O Fuzuê e o Furdunço, no Pré Carnaval, registaram mais de l milhão de pessoas.
São números que podem ser projetados para  um considerável aumento em 2018.
A Saltur, Secretaria de Turismo do Município de Salvador, é o órgão que gerencia o Carnaval de Salvador e se encarrega desde a disposição dos banheiros químicos ao cadastramento de ambulantes, da definição da fila dos trios elétricos, até a articulação com as forças de segurança e a localização dos postos de saúde.
Para o Carnaval deste ano, o cadastramento dos blocos teve início desde o mês de julho de 2017, após articulação do Conselho do Carnaval. Além disto, a Saltur encaminha todas as informações do cadastramento  para os demais órgãos públicos, municipais e estaduais. Da Coelba à PM, como fazer a iluminação e as disposições de segurança em razão do peso de cada atração, onde e em que horário cada uma vai se apresentar.
No início do ano reúne os órgãos periciadores e licenciadores, depois de montada a Central Única de Vistorias, com o DETRAN, DPT, Bombeiros, Crea, Semop, Vigilância Sanitária, uma rede que, somente dos órgãos da Prefeitura, inclui 99%.
Nos idos de 2000 e 2001, quando era Prefeito Antônio Imbassahy, a Prefeitura firmou parceria com a Faculdade de Arquitetura, oportunidade em que o Diretor daquela unidade da UFBa, arquiteto e carnavalesco
Manoel José Carvalho propôs a criação de uma “arquitetura efêmera” para a grande festa. Quando, então, surgiu o grande conceito da Cidade do Carnaval.
Foram, a partir de então, realizados estudos sobre a densidade dos foliões, pelo que foram também definidas as densidades baixa, média e alta, o que mudou a forma de pensar a festa.
Hoje, o “know-how” do Carnaval da Bahia é motivo de orgulho. Não são poucos os pesquisadores de outros Estados que visitam a gerência da Saltur para recolher informações de como realizar eventos desse porte com segurança. Há poucos dias, esteve em Salvador um técnico da Alemanha que, confrontado com as informações, afirmou que “se a gente fizesse uma festa dessas morreriam não sei quantas pessoas”. 
Apesar de toda a grandiosidade, o Carnaval da Bahia está em transição, pois se está a descobrir algo novo. É que o crescimento das “bandinhas” está sendo aprovado pelo público. A cada dia são muitos os que buscam apoio da SALTUR para novos blocos, o que consiste em que a “História Se Repete”.

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