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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CALEIDOSCÓPIO - NOVA LINGUAGEM

É porque não dá mais tempo. Se não, eu voltaria aos bancos escolares da primeira infância para aprender novamente a ler e escrever. Sim, por que da maneira rápida que vai, para entender a comunicação de hoje, saber o significado exato das mensagens que aparecem está bastante complicado.  Sempre soube que a sina das várias línguas do universo é se modificarem através dos tempos, surgindo novo idioma. O Grego antigo se foi e hoje é tido como língua morta, diferente da que usam no dia a dia, os atuais viventes de lá. O mesmo aconteceu  com o Latim, que se foi modificando vertiginosamente até produzir a nova árvore das línguas neolatinas. O que é o Português de hoje, assim como o Francês e o Espanhol senão o Latim modificado. Pois com o passar dos tempos, também o nosso Português de  agora,  repentinamente, nos parece outro, um subdialeto na linguagem dos mais novos, ainda para nós entendível mas com dificuldade. No rádio, na  televisão, nas internets da vida, nos  tabletes e “notebooks” a forma de comunicação não é para qualquer  um. É necessário conhecer os vocábulos, os termos  para bem entender as mensagens. Quando comecei a aprender a ler e escrever, fui às escolas das donas  Déo e Arminda. Afim de desarnar, primeiro a Carta do ABC, em que se lia as letras do alfabeto, depois as sílabas, por fim as palavras. Na tabuada,  aprendia-se o valor dos números, as quatro operações e aos poucos ia-se aos demais ensinamentos da Aritmética. Hoje, não, com os novos meios de comunicação qualquer criança me dá “quinau”. Pouco entendo do que se diz,  do que se fala. Mas até os “pixototinhos” de agora para mim são mestres abalizados. Conhecem tudo de informática, são bambas em tudo que é  invenção. A partir do telefone celular,  sabem usar com facilidade os novos meios de que dispõem. Tudo têm à mão.  Livros de toda espécie estão ali na Internet, nos tablets. O Google informa o que se quer, é só pesquisar. Aí, minha dúvida, estas facilidades para as crianças, jovens e adultos de hoje não inibem o raciocínio lógico. Entendem mesmo eles o que  veem ou o que leem? Deixa prá lá, isto é conversa de “vei” ultrapassado. Não adianta contestar. Passou meu tempo  mesmo. A vez é dos meus netos e bisnetos. O jeito é me virar como posso.  A vida é implacável. 

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