ESQUECENDO QUEM MERECIA
Muitos fatos incompreensivos anotamos durante o primeiro turno das eleições deste ano, destinadas a escolher os que estarão, no quadriênio2015/2018, na presidência da República, nos governos estaduais e nas s casas legislativas federais e estaduais. Felizmente, foi um dia de festa cívica o 5 de outubro recém passado. Por outro lado, mais uma vez observamos que grande parte dos eleitores brasileiros ainda não se conscientizou do valor do seu voto para que tenhamos um País melhor, mais progressista e igualitário, em que o povo tenha o que realmente merece em saúde, educação e segurança pública. Muitos dos eleitos realmente mereceram, mas boa porção deveria ter sido reprovada, pelas ações em suas trajetórias públicas e particulares. Enquanto estes de biografia não muito respeitada foram eleitos percorrendo caminhos tortuosos, outras destacadas figuras não conseguiram o postulado por meio do voto. Não entendemos o por que da não reeleição de políticos e homens sérios como, por exemplo, Pedro Simon, Eduardo Suplicy, Inácio Arruda, Ariosto Holanda, Mauro Benevides, no âmbito federal, e Fernando Hugo ou Lula Morais, no Ceará. Independentemente de cor partidária, estes como alguns outros bons representantes do povo foram esquecidos. A meritória vida pública de todos eles foi deixada de lado, não valeu nada. A impressão fica é que grande parte do eleitorado não analisa mesmo em quem vai votar. Deixa-se levar por propaganda enganosa ou, o que é pior, vota em pagamento de “favores”. É pena que isto aconteça em grande escala.
TESE PERIGOSA
Nos últimos tempos, felizmente o povo, com mais escolaridade e conhecimento do mundo, está reivindicando direitos até então deixados de lado pelas elites, dominantes ou não. Não se aceita mais discriminações, sejam de raça, cor, sexo, condições física ou o que o valha. Às vezes, contudo, há exageros, interpretações nem sempre válidas. Agora mesmo, no futebol ou na política, uma série de apaixonados fatos vêm sendo motivo de acirradas discussões. Ontem, o goleiro do Santos, Aranha, foi alvo de grosseiros insultos por causa de sua pele escura, num estádio em que a paixão estava acima da razão. Depois, a reprovação foi geral e a questão está na polícia/justiça. Na atual fase política em que vivemos, em muitas ocasiões as paixões aliadas ao desejo de destruir o adversário, apela-se par os sentimentos alheios. É uma tese perigosa. mas não aceitamos por aceitar que os nordestinos sejam discriminados pelos brasileiros do Sul, Sudeste e Centro Oeste. Para nós, não é o homem do Nordeste que é discriminado, mas sim a Região, esta sim, que é pobre e sempre foi discriminada, não merecendo até agora tratamento igualitário ao das outras partes do País. Recebemos migalhas em relação aos “primos ricos”, desde o Descobrimento. Portanto, temos em mente que a discriminação que há é contra a pobreza da Região, refletindo-se muitas vezes nos homens pobres daqui. Duvido que haja no Sul Maravilha preconceito com os filhos nossos que são abastados ou se destacaram nos vários ramos do conhecimento humano. Será que um Ivens Dias Branco, um Tasso Jereissati, um Beto Studart, um Inácio Arruda e outros muitos de currículo reconhecido não são tratados com o devido respeito nos outros rincões da Pátria? Neste mundo, capitalista ou não, discrimina-se sim quem é pobre, quem não se sobressaiu pelo conhecimento, pelas ações, pelo dinheiro. O restante é conversa fiada...
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