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sexta-feira, 28 de abril de 2017

TURISMO RODOVIÁRIO: AINDA UM SOFRIMENTO

Antonio José de Oliveira
Pres. Abrajet CE
No artigo desta semana, após assistirmos, por um dos canais de televisão de Fortaleza, a uma reportagem, com foco nas péssimas condições das rodovias federais e em algumas estaduais, lembramo-nos da assertiva de que fazer turismo, viajando por terra, no Nordeste e outros Estados da Federação, sobretudo de automóvel, além de ser um sofrimento, corre-se sério risco de perder-se a vida, ou ficar com sequelas físicas, para o resto da existência, neste conturbado planeta, onde os acidentes de trânsito matam milhares de pessoas, anualmente, por diversos motivos, os quais passaremos a citá-los nas linhas seguintes. O padecimento  diz respeito à má conservação de algumas rodovias estaduais e federais por esse Brasil afora. Acrescentem-se também os prejuízos com o transporte de gêneros alimentícios, mormente os perecíveis e as peças dos automotores quebradas.
Bem! Vamos ao que interessa. Os perigos de acidentes de trânsito começam para quem percorre trechos da BR-020, onde parte de trechos da camada asfáltica encontra-se, danificada, segundo alegações das autoridades competentes por falta de recursos financeiros ou descuido do Governo Federal, que deixou as rodovias, sob sua responsabilidade, mormente  as nordestinas e nortistas, em situação precária de circulação, tanto para veículos pesados, (ônibus, caminhões, camionetas, carretas), quanto para automóveis e motos.
Não vamos ser radicais, afirmando que os acidentes de trânsito, nas Brs e nas estaduais, ocorrem somente por causa da buraqueira (verdadeiras crateras) no asfalto. Claro que não! A bebida alcoólica, o cansaço dos motoristas, principalmente, os caminhoneiros, o uso de medicamentos, para controlarem o sono, contribuem para os graves acidentes, que mutilam pessoas  e  levam-nas à morte. 
Os carros velhos, caminhões, carretas, com peso além do permitido por lei, e a presença de animais, no asfalto, aliados à alta velocidade, são responsáveis, também, pelo falecimento e aleijões de crianças, jovens e adultos de ambos os sexos, sem falar dos atropelamentos de seres humanos  e animais nas estradas.
Mas, neste comentário, desejamos chamar mesmo é a atenção  para os milhares de buracos nas BRs. Vamos ser justos: há trechos em bom estado de conservação, alguns recapeados e outros, apenas, sendo colocado areia nos buracos. Triste dizer, porém a má conservação de alguns trechos das BRs é uma vergonha para quem trafega, diariamente, por vários recantos de nosso país. Nos territórios dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio G. do Sul, os cuidados são maiores com a manutenção das rodovias federais. Também pudera! Estados mais ricos têm mais condições de pressionar o Governo Federal, para cuidarem melhor das rodovias.
Agora, chegamos ao xis do problema: é desconfortável e irritante praticar o denominado Turismo Rodoviário, rumo a determinados polos turísticos, cujas vias de acesso são as Brs – digamos - 020, 222 e 116, para citar as mais conhecidas por este articulista. No Ceará, no tocante às estradas estaduais, a maioria está em boas condições de tráfego, principalmente as de acesso aos pontos turísticos do interior, em direção à orla marítima, aos sertões e às serras.
Ante o exposto, dá vexame mesmo percorrer quilômetros e mais quilômetros, por rodovias esburacadas, onde, às vezes, os veículos automotores são obrigados a trafegar pelo acostamento, para se desviar dos buracos, nos trechos em que o mato não o invade. Se, por ventura, no acostamento, estiver pedestre ou bicicleta circulando, então o jeito é passar, devagarzinho, pelos buracos, ou esperar que se afastem das suas imediações.
Agora, se nossas rodovias fossem bem conservadas e se houvesse ótimos pontos de apoio, como: restaurantes e meios de hospedagem etc., o fluxo de turistas, circulando pelos estados, à busca de atrações turísticas, seria bem expressivo, sem falar que os acidentes de trânsito diminuiriam bastante. Isso escrito, eis a pergunta: chegaremos a uma situação satisfatória? Por incrível pareça, nutrimos, ainda, esta esperança, por ser otimista e pensar sempre grande, em termos de equipamentos e infraestrutura física, que beneficie o turismo em suas diversas modalidades.

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