Os turistas que se dirigirem a Cuité, Paraíba, para assistir à encenação da Paixão de Cristo, nos dias 29, 30 e 31 de março à noite, têm várias opções de roteiros históricos e únicos pela cidade durante o dia. Um dos locais indicados é o Museu do Homem do Curimataú. O museu funciona no antigo prédio do Clube Social. A responsável pelo museu é a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que recuperou o prédio e inaugurou em 2010 as novas instalações.
De acordo com o diretor responsável pelo museu, Israel Silva Araújo, depois de realizada a recuperação do prédio foi feita uma ampla pesquisa junto à população da cidade em busca de objetos e artigos históricos representativos da região. Silva Araújo informa que o local é frequentado pela comunidade, além de visitantes de toda a região.
De fato são vários artigos representativos e emblemáticos. Podem ser encontrados equipamentos agrícolas do começo do século XX como arados, selas de cavalos e arreios, armamentos utilizados nas décadas de 30, 40 e 50 ou até ícones da indústria cultural dos anos 60 e 70: são garrafas de refrigerantes da Coca-Cola, Pepsi, Crush e do guaraná Brahma entre outros; máquinas de datilografia de marcas americanas e europeias, equipamentos fotográficos e imagens em preto & branco; rádios de válvulas entre outros artefatos antigos. Há ainda um quarto com mobiliário de propriedade de um dos prefeitos da cidade que tem mais de 250 anos de fundação. Vale a pena visitar.
PRÉDIOS E CASARÕES ANTIGOS – Com pouco mais de 26 mil habitantes e uma longa história, Cuité tem um Centro Histórico rico em construções revitalizadas e que despertam a atenção de qualquer turista. Um dos destaques é a Praça da Juventude, onde são praticadas várias atividades esportivas e de lazer. Distante alguns quarteirões o que chama atenção é o prédio colorido destinado ao comércio, construído numa rua ampla. A população o denominou de 'Trem da Alegria”. Ao conhecer a construção entende-se o porquê: são várias lojas e as portas ficam enfileiradas com suas janelas, como se fossem vagões de um trem em movimento.
Subindo a rua vale a pena conhecer o Mercado Público, que atrai moradores em busca de produtos alimentícios, bebidas e serviços; e o Salão de Artesanato. O diretor do local, Francisco de Assis, explica que o salão é ocupado por 23 artesãos que vendem peças em madeira, cerâmica, pano e material reciclado. O espaço é destinado à eles como forma de garantir acesso ao público consumidor. Mas o que chama atenção no local é um lustre pendurado no centro da sala ampla, todo feito de escorredores de arroz e copos americanos. Uma excentricidade!
O secretário municipal de Cultura, Hélio Plácido, é um entusiasta e defensor do Centro Histórico de Cuité. Ele explica que todos os prédios têm uma história vinculada à cidade. Plácido aponta o Teatro Municipal 'Dona Chicota', construído no início do século XX e que já funcionou como um cinema, como emblemático de uma época. A antiga construção foi restaurada pela Prefeitura e colocado à disposição da comunidade. “Na verdade aqui funcionou um cinema, o Cine Atlas. A prefeitura adquiriu o prédio e hoje temos um teatro que recebe, principalmente, estudantes”, contou.
O gestor informa que a cidade tem buscado desenvolver novos produtos turísticos como trilhas ecológicas, aeromodelismo, pistas de MotoCross. “Temos um pólo universitário pungente, que atrai jovens de toda a região. Estamos trabalhando para implementá-los, não esquecendo de valorizar nosso patrimônio histórico e cultural”, garantiu.
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