A ANAC protagonizou, de forma inédita, o primeiro processo de certificação de aeronave de grande porte no mundo ao emitir o certificado de tipo para o modelo E190-300 da Embraer, comercialmente chamado de E2. A certificação emitida na quarta-feira, 28/2, foi validada no mesmo dia pelas autoridades de aviação americana, Federal Aviation Administration (FAA), e europeia, European Aviation Safety Agency (EASA).
Está é a primeira vez que um programa aeronáutico com o nível de complexidade do E190-300, um avião para transporte de passageiros com capacidade para até 114 assentos, foi certificado simultaneamente por três das maiores autoridades internacionais de aviação, tendo a ANAC à frente.
O programa de certificação do E-190-300 consumiu quase cinco anos de trabalho na checagem de mais de 5 mil requisitos. Demandou ainda o trabalho de 70 engenheiros e técnicos da Agência brasileira, além da colaboração de 271 profissionais credenciados.
COMPLEXIDADE - Um marco para a fabricante Embraer – que conseguiu a certificação dentro do prazo e do orçamento previstos –, o programa do E190-300 foi também um desafio para a ANAC tanto por sua alta complexidade tecnológica, como pela importância de garantir um ambiente regulatório que favoreça a competitividade da indústria nacional por meio da aplicação de mesmo nível de rigor e tempos de entrega executados pelas demais autoridades aeronáuticas, em especial FAA e EASA.
Primeiro de uma nova família de aeronaves, o E2 emprega o que há de mais avançado em tecnologia aeronáutica, com motores, asas e trem de pouso totalmente novos, e atualização de 75% dos sistemas dos modelos E-Jets. O trabalho realizado pelos técnicos da ANAC para a certificação do E190-300 ocorreu ainda concomitantemente com outros projetos, incluindo os da Embraer em andamento – a aeronave de uso militar KC 390 e demais aeronaves da família E2, como ERJ 190-300, ERJ 190-400 e ERJ 190-500 –, além de validações de aeronaves estrangeiras.
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