Pesquisar este blog

quinta-feira, 25 de maio de 2017

CALEIDOSCÓPIO - CONFUSÃO GENERALIZADA / QUEM SERIA O SUBSTITUTO?

CONFUSÃO GENERALIZADA
Está no Livro do Gênesis que, após o Dilúvio, os descendentes de Noé, na construção de uma torre que os levaria ao céu,  foram  visitados por Jeová. Então, o deus hebraico não gostou do que vira e “decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prossigam com sua empreitada, dizendo "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro".  Então a construção ficou conhecida como Torre de Babel, nome este em hebraico que significa confusão. Não somos versados em estudos bíblicos, apenas o nosso interesse é lembrar que o momento político do Brasil virou uma Torre de Babel. Os protagonistas estão nos Três Poderes. O Presidente Temer é mencionado em graves deslizes e até agora no Poder. Os autores da façanha, donos da JBS, gravaram vídeos comprometedores que abalaram não apenas o mundo político, mas toda a sociedade brasileira, a ponto de já haver pedidos de empeachement, como o formulado pela Ordem dos Advogados do Brasil. Ministros do Governo  também vêm sendo investigados no “tsunami” chamado Lava Jato. No Legislativo, encabeçados pelos respectivos presidentes, mais de uma centena de deputados e senadores são apontados em graves avanços aos cofres públicos. Até membros do Poder Judiciário são referidos como fazendo parte da quadrilha que assaltou os cofres público, deixando o País nesta gravíssima crise. Por seu turno, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff não escapam de acusações de graves práticas de ilícitos. Todos negam com veemência as acusações. O pior é que os delatores, os Joaquim Silvério dos Reis, querem passar por bons moços.  Reconhece os graves crimes que cometeram,  se dizem arrependidos  e  dispostos agora a cooperar com a Justiça,  até devolver dinheiro. Eles,  que são a raiz de tudo, corruptores descarados. Pelo caráter, será verdadeiro tudo que estes delinquentes dizem? O correto é que o povo brasileiro não merece tanto castigo. É vero que somos culpados por boa parte do que está acontecendo.  Votamos em gente ruim por parentesco, amizade ou favor.  Votamos em cafajestes juramentados. Diante dos fatos, chegou a hora de pensar melhor. Será que a lição do “imbróglio” em que estamos metidos não servirá para nada?
QUEM SERIA O SUBSTITUTO? –  O presidente Temer,  mesmo ante a delação e o vídeo mostrando o encontro no Palácio do Jaburu, se defende, afirmando sentir-se ingénuo e traído pelo mafioso da JBS,  e que a gravação fora adulterada. Ora, se já era  bastante acossado para sair da Presidência principalmente pelo pessoal da esquerda, que nunca o perdoou pela queda da presidente Dilma, agora sua situação está quase insustentável.  A onda cresceu e cresceu mais,  em razão das propostas sobre a Previdência e as leis trabalhistas. Seu índice de rejeição chega agora abaixo de dez pontos percentuais. Vislumbra-se quase impossível que termine o mandato. Sua defenestração, portanto, seria ou por renúncia (nunca admitida) ou  pela cassação do mandato, pelas vias cogitadas. A grande dúvida é: quem seria o novo presidente até o final de 2018. A Constituição é clara apontando como opção o Presidente da Câmara, até a eleição indireta pelos congressistas. O diabo é que o nó está na escolha de quem terminaria o mandato. A quase totalidade dos parlamentares está “bichada”. Uma personalidade não política seria o melhor caminho?  O momento é imprevisível mesmo.  Requer muito cuidado para não se eleger um ardiloso “salvador da pátria”. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário