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quinta-feira, 29 de junho de 2017

FÉRIAS: NINGUÉM É DE FERRO

Antonio Jose de Oliveira
Pres Abrajet CE
Na próxima semana, entraremos de férias, livre das tarefas da assessoria de comunicação e ouvidoria da Ematerce (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará) e retornaremos à empresa no dia 3 de agosto vindouro. Explicação: há três anos, decidimos não mais vender 10 dias das férias trabalhistas e, sim, desfrutá-las por 30 dias consecutivos. A decisão deveu-se ao fato de termos, em janeiro último, completado 71 anos de idade e querer ficar um período de tempo maior com a família.  Agora, iniciemos o último artigo, deste semestre, no jornal Rota do Sol Turismo. 
Bem! Como foi divulgado por alguns órgãos de comunicação de massa de Fortaleza, que a expectativa de virem ao Ceará 380 mil turistas, incluindo os estrangeiros, para conhecerem o que de belo, agradável, cultural e útil possui a denominada “Terra de Iracema”, mormente Fortaleza, sua capital, esperamos que seja concretizado o publicado e eles gostem de tudo o que desfrutarem, em suas horas de lazer e entretenimento, uma vez longe  de seus lugares de residência ou de origem. 
Apesar de Fortaleza não estar um brinco – como se diz na gíria – para os olhares dos visitantes, principalmente, os que vêm do Centro-Sul do Brasil, fugindo do frio e das chuvas torrenciais, no mês de julho, só o fato de, aqui, o Sol brilhar e provocar temperatura, acima dos 30 graus, à sombra, já é um dos motivos de satisfação para eles.
Indo um pouco além, os banhos- de- mar, de águas tépidas (quase mornas), bem diferentes das águas marítimas geladas das supracitadas regiões, a gastronomia, o variado e criativo artesanato contribuem para deixá-los contentes e muitos não se importarão com os senões, na malha viária, na péssima iluminação pública, de mais placas indicativas, da sujeira nas ruas, avenidas, praças, monumentos e muros pixados, águas fétidas,  nas coxias, mulheres, com  crianças de colo, pedindo esmolas, menores drogados a  limpar  vidros dos carros, pois o importante é estarem longe das cidades de origem e aliviando o estresse, do dia a dia, problemas sentidos, quer nos ambientes de trabalho, quer nos estabelecimentos de ensino.
Mas, dirão alguns que, em outros Estados do Brasil, mais desenvolvidos do que o Ceará, tudo isso pode ser observado. Agora, se quisermos justificar nossas mazelas de suporte ao turismo pelo fato de existirem, também, por aí afora, idêntica situação, é absurdo pensar assim. Vamos lá: descuidos governamentais e empresariais justificam mesmo os existentes em em Fortaleza e nos municípios turísticos do Ceará?  Acreditamos que não, gente!
Sabemos que os governantes estadual e municipal e a iniciativa privada investem recursos financeiros, com vistas a deixar as cidades turísticas agradáveis aos olhos dos visitantes, mas longe ainda do ideal. Mudando de assinto: a internacional Praia de Jericoacoara, cujo aeroporto, situado a pouco mais de 300 km de Fortaleza, na cidade de Cruz, inaugurado pelo governador Camilo Santana, após vir de São Paulo, num voo da Gol, acompanhado do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella  e de autoridades, no âmbito federal, estadual, municipal, tem condições de receber, a partir do funcionamento normal de voos comerciais,  milhares de turistas brasileiros e estrangeiros? 
Como perguntar não ofende, como dizia um personagem  do humorista cearense, Chico Anísio, vamos em frente: há hospital, farmácias, agentes de segurança pública, a contento, boa sinalização turística, bons meios de hospedagem, lazer, entretimento, fontes de água potável, de qualidade, boa rede de restaurantes, bares e similares, com serviços de primeira, iluminação pública, saneamento básico, sem o despejo das águas dos esgotos no mar, coleta de resíduos sólidos, diariamente, vigilância sanitária e defesa ambiental? 
Afinal, turista gosta de luxo, de ser bem tratado, de não ser explorado, de ótima prestação de serviços em tudo, de limpeza, de muita segurança, de boa iluminação por onde passar, de meios de transporte coletivo confortáveis, de sinalização turística, de informações, acerca dos atrativos da terra visitada, incluindo a cultura e a gastronomia regional etc. Esperamos que tudo de positivo tenha ou venha a ter na internacional Jericoacoara.   

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