MAIS PROVIDÊNCIAS PARA EVITAR O PIOR
Domingo, à tarde, novamente no velho e querido PV da Gentilândia, os times do Fortaleza e Ceará estarão frente a frente numa decisão semifinal para indicar o vencedor como o adversário do outro vencedor da semifinal a ser travada entre Icasa e Guarani de Sobral. Não se tem dúvida de que o maior clássico do futebol cearense atrai multidões e de que, também, em qualquer circunstância, não há favorito, mesmo que um deles tenha um elenco de melhor qualidade do que o outro. A paixão é grande entre as duas torcidas. Mas, diferentemente de outros tempos, elas nestes tempos belicosos se veem como adversárias figadais, impossível portanto de estarem juntas em praças de esportes, nas ruas, nos terminais de ônibus. Os meios de comunicação, após os últimos Ceará x Fortaleza, mostraram o vandalismo praticado pelas duas torcidas chamadas organizadas. Quebra-quebra, agressões de parte a parte e até morte são a marca registrada. O policiamento ostensivo até agora não vem surtido o efeito esperado na prevenção de crimes. Não deixa de ser a marca registrada dos tempos atuais. A fraternidade foi esquecida. As gangues de bairros imperam, incentivadas pela falta da estrutura familiar, da falta de educação adequada, de meios para ocupar os menores e adolescentes na aquisição de formas normais para que sejam pessoas de bem, cidadãos na expressão própria da palavra. Enquanto as autoridades realmente não despertam para salvar o Brasil do futuro, o jeito é apelar para que, no mínimo, no próximo clássico de futebol cearense, o chamado policiamento ostensivo arme esquemas ainda mais ostensivos, funcionem de fato no sentido de evitar a baderna anunciada.
AS ESPERANÇAS VÃO FICANDO ATRÁS...
Lá pelos anos 2009/2010, ficou certo que as Copas das Confederações e do Mundo seriam realizadas no Brasil. Daí em diante começou a se falar num tal Protocolo de Intenções no qual estava determinado pela FIFA o que deveria ser feito nas cidades escolhidas como sedes dos dois eventos. Ficamos jubilosos porque Fortaleza foi escolhida, com mais 11, para sede de jogos nos dois eventos. Daí em diante, planos e mais planos foram concebidos e, no fim, o nosso Protocolo foi apresentado. Beleza pura. A capital cearense iria receber muitas e importantes obras estruturantes e, a partir da Copa das Confederações, em 2013, estaria com outra cara. A cidade ficaria muito mais bonita, limpa, com orla marítima requalificada e saudável, a mobilidade urbana seria outra e muito melhor com intervenções adequadas, o entorno e o novo Castelão estariam nos “trinques” para receber os milhares de aficionados em cada jogo. Enfim, as partidas das copas teriam o condão de tornar Fortaleza uma cidade muito mais saudável para os nossos mais de um milhão e meio de habitantes e realmente atraente para os milhares de estrangeiros e turistas que vêm para os jogos das Copas. Agora, há menos de 44 dias para o primeiro jogo da Copa das Confederações, a triste realidade. De concreto mesmo, só temos o Castelão, aliás com nova e infeliz designação de Arena Castelão, não se sabe se uma antevisão de que poderá ser palco de espetáculos degradantes. As obras das vias que lhe dão acesso imediato ainda não se encontram totalmente concluídas, apenas com promessas de ficarem prontas até o dia do jogo. E o projeto do VLT, como está ? O “penteado” da cidade continua como sonho para não sei quando. O da avenida Beira Mar praticamente ainda está no papel. De concreto, só o deslocamento dos peixeiros para um local improvisado, no início das obras do local definitivo em que ficarão. Terminal portuário, ainda não concluído. Praia do Futuro, na mesma. A cidade como um todo permanece com praça’s degradadas e mal cuidadas, ruas e avenidas também. Para tirar a suja, não seria o caso de se fazer urgentemente pelo menos uma limpeza em regra nas principais praças, ruas e avenidas? Pelo menos isto, pois quanto ao projeto geral... as esperanças vão ficando atrás...
