Salvador, a capital baiana, que, hoje, ostenta a terceira colocação como a cidade brasileira com maior oferta de leitos - atrás tão somente de São Paulo e Rio de Janeiro - dentro de mais cerca de dois anos contará, também, com a reabertura do Hotel Pestana (antigo Méridièn). A previsão é que a nova unidade terá a sua reabilitação prevista para até 2022, após a aprovação do projeto de revitalização que deverá ser encaminhado ao Prefeito da cidade até fevereiro do próximo ano.
No entanto, o “novo” Pestana não contará, nessa sua segunda fase, com todos os antigos 456 apartamentos, que funcionaram desde a fase do Méridièn. A sua capacidade será reduzida para apenas 215, o que já significa um hotel de grande porte, mesmo assim.
Isto porque o novo projeto estará determinando que, além da reabertura do hotel, seja igualmente incluído um prédio residencial como também um centro comercial. Além de reduzir em mais da metade a capacidade do hotel, da mesma sorte terá a sua classificação rebaixada de cinco para quatro estrelas. No entanto, a empresa assegura que, ainda assim, a nova unidade não se despojará da concebida qualidade dos seus serviços.
Para a reabertura do Pestana, que é uma consequência das gestões encaminhadas pelo Prefeito ACM Neto, muito influenciou, da mesma sorte, o potencial turístico da capital baiana, com o processo de aumento da ocupação hoteleira. As estatísticas informam de que, somente no ano passado, 2018, a cidade acolheu mais de 9 milhões de visitantes.
A notícia da decisão do grupo em reabrir o hotel foi transmitida diretamente pela sua direção ao próprio Prefeito, quando foi definido o cronograma da reforma que será executada. Vale ressaltar que influenciaram consideravelmente essa decisão os incentivos que foram assegurados, sob o aspecto fiscal. Bem assim foi garantido de que haverá celeridade na burocracia que facilitará o encaminhamento do projeto.
Isto com referência, inclusive, a todo o processo de liberação das licenças e dos alvarás. Tais incentivos fiscais incidem no já ocorrido encaminhamento à Câmara de Vereadores do projeto que destina benefícios à rede hoteleira da cidade, como é o caso de desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, bem assim as facilidades concedidas para o pagamento de possíveis débitos, o que ocorre por intermédio do Programa de Parcelamento Incentivado Especial.
Essa nova situação implica em que os estabelecimentos hoteleiros terão oportunidade de quitar suas dívidas tributárias, no âmbito do município, em virtude da concessão de descontos que vão até 100% nas multas e nos encargos monetários, além de poder haver redução anual de até 40% do próprio IPTU.
Esses benefícios estarão atrelados a determinadas iniciativas, a exemplo de investimentos com inovações introduzidas no estabelecimento, como também inclui a própria requalificação da infraestrutura e a modernização das suas respectivas instalações. Da mesma sorte encontram-se contabilizadas as despesas com a qualificação profissional através dos cuidados com a própria equipe funcional, além de propiciar o aumento da consequente ocupação.
A queda da taxa de ocupação hoteleira em Salvador, historicamente registrada entre os anos de 2011 e 2016, reduzindo em 14 pontos percentuais, uma vez que oscilou entre 67,21% para 53,18%~, influenciou consideravelmente na decisão da empresa em fechar o hotel após o Carnaval de 2017.
Fazendo-se uma prospecção sobre o histórico da hotelaria baiana, registra-se a abertura do primeiro hotel 5 estrelas da cidade, com a bandeira francesa de Le Méridièn, inaugurado em 1974. Já no dia 15 de maio do ano 2000, o mesmo hotel encerrou as suas atividades, por determinância de uma decisão judicial, consequente de uma dívida contraída pela empresa SISAL Hotéis Turismo com o Banco do Brasil, e não saldada.
No ano seguinte, 2001, o Grupo Pestana adquiriu o antigo edifício do próprio Banco pela quantia de mais de R$20 milhões. Reformado, foi reaberto com a marca Carlton Bahia, o que aconteceu no dia 15 de novembro, contando mesmo com os 433 apartamentos. Contudo, pouco depois, o hotel mudou de denominação, adotando a marca Pestana.
Como já afirmado, em consequência da crise de ocupação que se abateu sobre a hotelaria soteropolitana, o Pestana Salvador encerrou as suas atividades, então, o que gerou, inclusive, a demissão de nada menos do que 130 funcionários.
Inquestionavelmente, um dos fatores que exerceram influência também para a decisão de, agora, reabrir o hotel foi, também, o clima favorável que gerou a expectativa de considerável incremento no turismo religioso, sobretudo após a canonização da Irmã Dulce dos Pobres como a primeira Santa brasileira e, por acaso, como consabidamente conhecido em todo o mundo, baiana.
Da mesma sorte como exerceu forte influência na decisão a iniciativa da Prefeitura de Salvador em construir o novo Centro de Convenções, depois da desativação do antigo, em virtude do desabamento de uma parcela da sua construção. Com inauguração prevista para ainda o final do ano de 2019, as perspectivas de considerável incremento no turismo de negócios foi outro fator decisivo para o entendimento da direção do grupo português.
Nenhum comentário:
Postar um comentário