Prejuízos em torno de R$40 milhões foram as causas mais importantes para determinar que o Grupo OTHON fechasse dois hotéis: Salvador e Belo Horizonte. A situação foi, inclusive, objeto de análise pelo Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Salvador, Cláudio Tinoco. As dificudades operacionais dos últimos anos, que resultaram no prejuízo, foram determinantes para a decisão.
Ao lado disto, existem elevadas dívidas tributárias com o Município do Salvador – o mesmo podendo ocorrer com a Capital mineira - que estiveram consubstanciando as condições adversas que conduziram à decisão extrema. No entanto, o Secretário também menciona que a forma que o grupo está adotando para consolidar o fechamento daquelas unidades induz a entender que, simultaneamente, estão sendo buscadas variaveis para que ocorra a transferência do domínio da operação.
Claro que operações que tais ocorrem de modo sigiloso, para não perturbar os entendimentos. É o que está animando à comunidade turística de Salvador. Esperam os seus líderes, sobretudo, que uma próxima operação possa coduzir a recuperação da unidade na capital baiana. Crêem mesmo de que negociações nesse sentido devem estar sendo encaminhadas.
Na análise das lideranças do turismo da Bahia, nada menos do que cerca de 50 áreas, nos segmentos econômicos, estão sendo afetadas diretamente com o fechamento do Bahia Othon Pálace. A exemplo do setor dos transportes, em que os taxistas, tantos, que faziam ponto diariamente à frente do hotel, não têm mais essa estrutura para o desempenho de suas funções.
Um outro aspecto que já está sendo objeto de preocupações é a realização do próximo CarnavaL. O OTHON era uma unidade hoteleira que se encontrava no fulcro da folia baiana, pois, alémde ser um dos locais de mais concentração de turistas, vinha sendo, já há muitos anos, local de instalação de camarotes à sua frente. É onde vinha sendo instalado, mesmo, o Camarote Planeta Band, da TV Bandeirante. No entanto, os seus responsaveis estão assegurando que, no Carnaval de 2019, o camarote funcionará normalmente naquele local.
Quem dá essa certeza é a Camarote Marketing e Produções, responsavel pela instalação do dispositivo, assegurando que o fechamento do hotel não está alterando a estrutura e funcionamento do camarote no próximo reinado de Momo. Pois, acrescenta, já são 17 anos de sucesso em 2019.
Na realidade, a crise no Grupo Othon, por conta dos dois hoteis que tiveram encerradas suas atividades, já se vem arrastando há alguns anos. A queda drástica da ocupação já há tempo conduziu a resultados altamente negativos para as duas unidades, de Salvador e de Belo Horizonte. Uma das consequências consideradas pela redução dos custos é a demissão de empregados.
Logo em seguida ao fechamento ocorreu a retiradas dos móveis e limpeza total do prédio. Bem assim os 240 funcionários que, de repente, encontraram-se sem o objeto do seu trabalho foram, inclusive, convocados a assinar o indispensável aviso prédio.
No entanto, a totalidade deles alimenta uma esperança no sentido de que possam vir a ser aproveitados em outras unidades, sobretudo em virtude da abertura, ainda este ano, do Hotel Fasano. Esta nova unidade que chega a Salvador – constituindo, pois, um contraponto, está localizada no Centro Histórico da cidade, mais prcisamente, na Praça Castro Alves, no prédio que, durante muitos anos, foi ocupado pelo jornal A Tarde e que foi totalmente reformado para a atividade hoteleira
No sentido de tentar minimizar os efeitos do fechamento do Othon, o Sindicato dos Trabalhadors em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, de Salvador, está envidando esforços no sentido de que sejam promovidas entrevistas pela nova unidade hoteleira, para absorção da mão-de-obra disponivel agora.
Nesse sentido, há, realmente, notícias de que o setor de Relações Humanas do novo Hotel Fasano de Salvador deverá promover o processo de seleção junto aos profissionais dos diversos setores, que atuavam no Othon.
CRUZEIROS MARÍTIMOS JÁ MOVIMENTAM A CIDADE – Enquanto isto, já está em franco desenvolvimento a temporada dos cruzeiros marítimos, com a chegada das primeiras unidades, conduzindo milhares de passageiros. O navio MSC FANTASIA foi um dos primeiros, que fez desembarcar na capital baiana nada menos do que 2.983 passageiros.
A expectativa é de que os turistas dos navios possam proporcionar à cidade em torno de R$68 milhões, levando em consideração a média estimada de gastos desse tipo de visitante, cerca de R$500/dia. Anteriormente, o navio alemão Aidauara, levou à cidade mais 1.140 passageiros, além dos seus 393 tripulantes.
A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador estima que, na temporada, os 49 navios, que estão sendo esperados nas suas diversas escalas na cidade, possam desembarcar em torno de 163.117 passageiros, até o mês de março.
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