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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

SOBRAL CONQUISTOU O SELO DE RESPONSABILIDADE CULTURAL

Quem faz cultura no Brasil vive um grande desafio: disseminar o entendimento da cultura enquanto processo e que quem faz cultura é a sociedade. Nessa empreitada, cabe ao Estado garantir meios para que essa produção cultural seja feita de maneira diversa, autônoma e com protagonismo. Essa foi a aposta feita pelo município de Sobral, na região Norte do Ceará, que ao longo dos últimos dois anos, vem ampliando os investimentos na área com resultados satisfatórios.
Trabalho desenvolvido pela Prefeitura do Município, por meio da Secretaria da Cultura, Juventude, Esporte e Lazer (Secjel) e do Instituto ECOA, recebeu o Selo de Responsabilidade Cultural 2018, concedido pela Secretaria de Cultura do Ceará (Secult), que reconhece empresas e instituições culturais que apoiam, realizam e promovem o setor cultural no estado, seja diretamente ou por meio de leis de incentivo, como a Lei Rouanet e a Lei do Mecenato Estadual.
Juntamente com duas iniciativas do setor privado, a Servis Segurança e o grupo M. Dias Branco, além da Prefeitura Municipal de Assaré, o município de Sobral conquistou a modalidade Diamante, que é a pontuação máxima. 
NA ROTA DAS ARTES - Desde 2017, sob o amparo da gestão do prefeito Ivo Gomes, a Secretaria da Cultura, Juventude, Esporte e Lazer (Secjel) e o Instituto ECOA assumiram um papel estratégico na promoção do lazer e inclusão social, fortalecimento da cidadania e inclusão econômica, e passaram a contar também com um orçamento compatível com as demandas do setor para garantir o desenvolvimento cultural para toda a sociedade sobralense.
Neste sentido, de acordo com a presidente do Instituto Ecoa, Luisa Cela, foi construída uma robusta programação de ações culturais e de cidadania que ocuparam mais de 50 espaços, com 246 atividades realizadas, envolvendo shows musicais, espetáculos de dança e teatro, exposições de arte e fotografia, oficinas e itinerários formativos nas mais diversas linguagens. Ao todo, mais de 280 artistas/grupos de Sobral e de outras cidades integraram a programação, reunindo um público estimado em 160.200 pessoas.
INTERCÂMBIO CULTURAL - Além de abrir espaço para oportunizar os artistas sobralenses, a campanha #OcupaSobral assumiu o ousado desafio de trazer para Sobral grandes nomes da cultura internacional que nunca haviam se apresentado em cidades do interior do Brasil. Neste ano, grandes artistas desembarcaram na Princesa do Norte, vindos de diferentes partes do mundo, como o premiado Ballet de Kiev, que levou para Sobral 38 ucranianos, entre bailarinos, direção, técnica e produção. Em turnê pelo país, os artistas passaram também por cidades como Brasília (DF), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). No entanto, a cidade cearense foi a única a receber uma apresentação gratuita em praça pública da companhia.
O feito se repetiu quando a companhia da carioca Deborah Colker aterrissou em solo sobralense para apresentar o espetáculo “Cão sem plumas”, baseado no homônimo poema de João Cabral de Melo Neto, escrito em 1950. Já no campo do entretenimento, shows gratuitos de nomes consagrados da música brasileira, como Elba Ramalho, Otto, Daniela Mercury, Nando Reis e Lenine, além de artistas internacionais como a dupla espanhola Iseo & Dodosound, animaram as plateias que lotavam as praças públicas.
BELAS ARTES - A cidade que também dispõe de dois importantes e representativos museus, o Dom José, com acervo de arte sacra dos mais relevantes do Brasil, e o Madi, uma doação dos artistas ligados ao movimento geométrico europeu e latino-americano, abrigou ainda importantes exposições como “Um Século de Arte Brasileira” da Coleção Fundação Edson Queiroz, com curadoria de Max Perlingeiro, que pela primeira vez foi deslocada para uma cidade do interior do estado.
Outro destaque foi a exposição “Exôdos”. A mostra do trabalho do icônico fotógrafo mineiro Sebastião Salgado passou por Fortaleza, Salvador, Recife, Curitiba e Brasília. De acordo com a presidente do Instituto Ecoa, Sobral foi a única cidade do interior que teve a “honra” de receber o acervo

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