Salvador, capital baiana, comemorou 470 anos de fundada no último dia 29 de março. E o fez em altíssimo estilo, com a Prefeitura Municipal envolvendo toda a cidade num único “abraço”, constituído de dezenas de atos festivos. Uma das principais e grandiosas iniciativas do Prefeito ACM Neto foi encomendar ao festejado artista plástico TATI MORENO um conjunto de duas estátuas para adornar uma nova artéria que foi inaugurada no começo do ano: Avenida Mãe Stella de Oxossi – em homenagem à consagrada ialorixá baiana, que esteve à frente do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, dos mais tradicionais da cidade, por mais de quatro décadas.
A importante peça é constituída por duas esculturas: um Oxóssi que tem 9m de altura, incluindo o pedestal de 2m, e a própria Mãe Stella que está sentada em um trono em frente ao orixá, com 6,5m. Por comparação, ambas têm idêntica altura dos orixás que se encontram no Dique do Tororó, também obra de Tati Moreno.
Para a elaboração dos “monumentos”, Tati Moreno usou resina poliester e aço e contou, para a confecção, com a participação de 10 artistas. A espetacular obra foi uma encomenda da Fundação Gregório de Matos, da Prefeitura de Salvador.
O projeto foi destinado para ser instalado no começo da nova Avenida Mãe Stella – que liga a outra Avenida Luiz Viana Filho (Paralela) ao bairro de Stella Maris, na Orla e proximidades do Resort Catussaba, e situada logo a seguir da própria Paralela.
A postura idealizada pelo autor da fantástica obra inspirou-se na icônica pose da ialorixá. Já a estátua de Oxossi, orixá da caça e dos animais selvagens, é contemplada com acessórios, a exemplo do afan (que é o arco e a flecha), bem assim o facão e a pólvora. A estátua é pintada em dourado, azul, verde e branco e pesa cerca de uma tonelada.
O extraordinário presente doado à cidade tem uma placa QR Code, do projeto Reconectar, que possibilita acesso a todas as informações sobre o espetacular monumento, através de celular ou tablet. Por sua vez, em torno do monumento foi projetada ambientação dotada de estacionamento próprio ao lado de mobiliário urbano, especial iluminação, bem assim espaço destinado à contemplação.
Mas, as comemorações dos 470 anos de Salvador não se limitaram à fantástica iniciativa do Prefeito. Uma série de especiais eventos integrou a programação que esteve toda voltada entorno das inúmeras e consagradas manifestações artísticas baianas. Foi quase toda uma semana de realizações diversas que envolveram muitas dezenas de artistas dos diversos segmentos, como a própria escultura.
Para a mega programação, inclusive, tiveram que ser envolvidos inúmeros órgãos municipais, a exemplo de trânsito e mobilidade, com a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), tanto quanto a Secretaria Municipal de Saúde, além da participação da própria Polícia Militar.
A música baiana esteve em total evidência durante todos os dias, mas não somente, uma vez que da mesma sorte uma vasta programação cultural esteve em foco, como a arte de rua, bem assim espetáculos teatrais de sucesso comprovado, a exemplo da premiada peça Compadre de Ogum. Para realizar toda a programação, a Prefeitura investiu nada menos do que R$850 milhões naquilo que o baiano sabe melhor conferir, que é a sua cultura, a sua arte, especialmente a sua música.
Os diversos aspectos da programação estiveram realizados no Rio Vermelho (Largo da Mariquita e Igreja de Santana), no Farol da Barra, no Campo da Pronáica no bairro de Cajazeiras, na Praça da Revolução no Subúrbio de Periperi, na Avenida Getúlio Vargas desde o Clube Espanhol e até o Farol da Barra, no Campo Grande, na Avenida Centenário e no Parque da Cidade.
A complexidade das manifestações constituiu-se desde o próprio espetáculo Compadre de Ogum, às apresentações de artistas, a exemplo de: Daniela Mercury, Saulo Fernandes, Magary Lord, Márcia Freire, Carla Cristina, Márcia Short, Hiago Danadinho, Léo Santana, Deny Dennan, Sempre Novos Baianos (com Paulinho Bôca de Cantor e Moraes Moreira), Bell Marques, Solange Almeida, Ivete Sangalo, Filhos de Gandhy, Muzenza, Cortejo Afro, Malê de Balê, dentre tantas outras promoções, como a Feira de Arte e Antiguidade, o Coreto Hype, e o projeto Viva a Rua.
Sem a menor dúvida, foi um luxo de comemoração que o soteropolitano estava a bem merecer. Sobretudo porque a programação constou, ainda de inúmeras inaugurações de obras e outras ações constitutivas do início de novas iniciativas destinadas à melhoria das condições da cidade. Bem assim que todo o programa artístico foi realizado, nas suas diversas vertentes, em espetáculos inteiramente gratuitos para o público.
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