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sexta-feira, 8 de março de 2013

"CONSELHEIRO VIVO: ANTÔNIO NO TEMPO DAS ARTES"


Canudos após bombardeio e ocupação

Personalidade  histórica  de maior projeção na terra, Antônio Conselheiro mais uma vez receberá homenagem dos conterrâneos de Quixeramobim em razão do seu aniversário de nascimento, ocorrido no dia 13 de março de 1830.  Durante vários dias o Mártir de Canudos será festejado com uma programação cultural variada desenvolvida no “Conselheiro Vivo: Antônio no Tempo das Artes''. 
O calendário de festas vai de 8 a 13 do corrente mês, iniciado por um cortejo que sairá  da Praça da Estação até a Casa do Conselheiro. Dia 13, data do aniversário do filho ilustre, os quixeramobienses terão apresentações culturais, entrega de comendas e palestra.
A proposta dos organizadores é debater a partir das linguagens artísticas o universo e a trajetória de Antônio Conselheiro em sua terra natal.  O “Conselheiro Vivo: Antônio no tempo das Artes'' contará com a presença da professora e Doutora em Literatura Ângela Gutierrez e do artista plástico e escritor Audifax Rios, além de palestras, oficinas, apresentações teatrais, exposições e shows.  
PROGRAMAÇÃO - Extensa e bastante rica será a programação em homenagem a Antônio Conselheiro. Começará com o Cortejo do Conselheiro, pela manhã,  seguida à noite  da palestra de Goreth Pimentel sobre o tema  “O que ficou de Antônio Conselheiro e Canudos no imaginário popular de Quixeramobim?” e da mesa redonda:  “Trilhando novos caminhos em arquivos:
Quixeramobim na história” 
Nos dias seguintes haverá exposições, debates,  shows, apresentações da Banda de Música de Quixeramobim Sebastião Doth, teatrais,  oficina de artes, exibição de produtos,  palestras, programa especial na Canudos FM e  entrega da Comenda.
No último dia das comemorações, 13, haverá Culminância no Memorial Antônio Conselheiro, com apresentação das produções das escolas e premiação dos vencedores do concurso Conselheiro nas escolas -poesias, artigos e pinturas. 
O evento será realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Natural de Quixeramobim (Iphanaq) e pela Secretaria de Cultura e Turismo do Município e contará  com o apoio do Sesc-Ler, Sistema Maior de Comunicação e Fundação Canudos. (Com Jornalismo do  SMC)
A PERSONAGEM - Antônio Vicente Mendes Maciel, era filho do comerciante Vicente Mendes Maciel e de Maria Joaquina de Jesus. Sempre diligente, lidou nos estudos com a disciplinas básicas, entre elas, francês e latim e conheceu bem o folclore nordestino. Tendo perdido a mãe aos seis anos   e o pai, aos 27, daí em diante  tendo de sustentar as quatro irmãs. Foi escrivão de cartório, solicitador e rábula. Após casado e traído pela mulher,  perturbou-se e passou à vida de eremita, per correndo os sertões nordestinos. As pregações do padre Ibiapina,   a leitura constante dos  Evangelhos e  o sofrimento pessoal levaram-no a fazer pregações junto as classes mais humildes, a ponto conseguir grande legião de seguidores. 
Em 1874,  fundou Antônio Conselheiro  o arraial do Bom Jesus, na vila de Itapicuru de Cima, no sertão da Bahia. Prestigiado por uma multidão formada de gente humilde, passou a ser vitima da perseguição de poderosos, os quais o acusaram de messianismo e do assassínio de sua mulher, fato este que o levou a julgamento no Ceará. Foi absolvido, pois de fato era inocente. Foi absolvido e daí em diante, durante 
17 anos, continuou com as suas pregações.  Em 1893, se estabeleceu numa fazenda abandonada do seco sertão da Bahia,  às margens do rio Vaza-Barris, região conhecida como Canudos. O povoado passou a ser 
chamado de Belo Monte e  rapidamente prosperou e  tornando-se  incômodo para as autoridades políticas e religiosas locais, que procuravam um pretexto para acabar com ela. Um problema comercial agravou a situação, dando  motivo para que uma tropa da polícia baiana investisse contra os seguidores do Conselheiro em novembro de 1896, sendo pelo mesmos derrotada. Daí em diante a conhecida Guerra de Canudos assumiu proporções inesperadas, com mobilização até de expedições militares. A luta foi  desproporcional e cruenta. Antônio Conselheiro foi morto e terminou em 5 de outubro de 1897. 

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