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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

RISCOS NO TURISMO RODOVIÁRIO

Ao lermos, notícia no jornal Diário do Nordeste, de sábado, 20 de outubro de 2018, ficamos preocupados e lamentamos o precário estado em que se encontram as rodovias federais e estaduais, em alguns de seus trechos, ou as denominadas rotas de riscos. Na matéria, há afirmação de que alguns quase intransitáveis. O mais vergonhoso, para o Ceará, é que, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), nosso Estado é o que tem as piores estradas do Nordeste. Na classificação da supracitada entidade, o Estado do Ceará está em 3º lugar, quer pelas rodovias federais, quer estaduais com problemas de tráfego. Em síntese, o Ceará detém 72,4% de suas estradas com deficiência em sua infraestrutura. Para consolo, a notícia afirma que rodovias importantes passam, no momento, por obras, ficando uma delas na região do Cariri, Sul do Ceará.
Bem, amigo-leitor, fazer turismo, viajando por terra, no Nordeste e Norte do Brasil, sobretudo de automóvel, além de ser um sofrimento, corre-se um sério risco de se perder a vida, ou ficar com sequelas físicas, para o resto da existência, neste conturbado planeta, onde os acidentes de trânsito matam milhares de pessoas, anualmente, por diversos motivos, que passaremos a citá-los nas linhas seguintes. O sofrimento, ao qual nos referimos acima, diz respeito à má conservação de algumas rodovias estaduais e federais por esse Brasil afora. 
Mas, vamos ao que interessa. Os perigos de acidentes de trânsito começam para quem percorre trechos das BR-020, 222 e 116, onde parte da camada asfáltica encontra-se, totalmente, danificadas, por falta de recursos financeiros ou descuido do Governo Federal, que deixou as rodovias federais, mormente as nordestinas, em situação precária de circulação, tanto para veículos pesados, (ônibus, caminhões, camionetas, carretas), quanto para automóveis e motos.
Não vamos ser radicais, afirmando que os acidentes de trânsito, nas BRs e nas rodovias estaduais e municipais, ocorrem somente por causa da buraqueira (verdadeiras crateras) no asfalto. Claro que a bebida, o cansaço dos motoristas, principalmente dos caminhoneiros, as indevidas ultrapassagens, o uso de medicamentos, para controlar o sono, muito contribuem para os graves acidentes, que mutilam pessoas  e  as levam à morte. 
Os carros velhos, caminhões, carretas, com peso além do permitido por lei, e a presença de animais, no asfalto, aliados à alta velocidade, são responsáveis, também, pelo falecimento e aleijões de crianças, jovens e adultos, de ambos os sexos, sem falar dos atropelamentos de seres humanos e animais nas estradas. Mas, neste comentário, desejamos chamar mesmo a atenção, é para os milhares de buracos nas BRs, trechos de rodovias estaduais e municipais. Vamos ser justos: há trechos em bom estado de conservação, alguns recapeados e outros, apenas, com camadas de asfalto ou areia, barro desnivelados, encobrindo os buracos.
A má conservação das estradas é uma vergonha para quem trafega, diariamente, por vários recantos do nosso país, quer a turismo, quer a negócios, mormente em se tratando do escoamento de produtos agropecuários e das indústrias. Nos territórios dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio G. do Sul, os cuidados são maiores com a manutenção das rodovias federais. Também pudera! Estados mais ricos têm mais condições de pressionar governantes e políticos para consertá-las ou ampliá-las.
Mas, é desconfortável e irritante praticar o denominado Turismo Rodoviário, rumo a determinadas atrações turísticas, cujas vias de acesso são as Brs - digamos 020, 222 e 116, para citar as mais conhecidas por este articulista. No Ceará, no tocante às estradas estaduais, é preciso melhorá-las. Algumas estão em boas condições de tráfego, principalmente as de acesso a pontos turísticos do litoral e a sertões e a serras.
Ante o exposto, dá vexame mesmo percorrer quilômetros e mais quilômetros, por rodovias esburacadas, onde, às vezes, os veículos automotores são obrigados a trafegar pelo acostamento, para se desviar dos buracos, nos trechos em que o mato não o invade. Se, por ventura, no acostamento, estiver pedestre ou bicicleta circulando, o jeito é passar, devagarzinho, pelos buracos, ou esperar que se afastem das suas imediações.
Agora, se nossas rodovias fossem bem conservadas e se houvesse bons pontos de apoio, como restaurantes e meios de hospedagem etc., o fluxo de turistas, circulando pelos locais turísticos de nosso país, seria bem expressivo e o número de acidentes de trânsito diminuiria bastante. Vamos chegar a uma situação satisfatória? Por incrível que pareça, nutrimos, ainda, esta esperança, por sermos otimistas e pensarmos sempre grande, inclusive em matéria de turismo. Obrigado pela leitura e ótimo fim de semana, amigo-leitor!

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