UM CRIME INOMINÁVEL - Este 2019 não tem sido um ano em que o brasileiro possa festejar. Pelo contrário, espera que logo termine, em razão de muitos fatos adversos que têm atormentado de modo geral a nós todos como pessoas ou instituições. É verdade que conflagrações, atentados, fenômenos da natureza e tudo quanto é ruim estão ocorrendo em todos os continentes, em quase todo os países. Mas dois deles, principalmente, altamente danosos, colocam o Brasil como epicentro negativo. Ficamos mal situados perante a comunidade mundial em razão das queimadas ocorridas em vários estados, notadamente na Amazônia. No momento em que a grande preocupação é a questão climática, cada vez mais desfavorável por toda a parte, as queimadas e os desmatamentos que infelizmente acontecem em vários pontos do país com razão foram alvo de polêmicas e críticas severas por parte da comunidade mundial. Verdade é que, por causa do que vem ocorrendo, com foco maior na Amazônia, não somos só nós os vilões da elevação do clima mundial. Não se tem levado em muita conta, por exemplo, o alarmante o uso de outros fatores que são, talvez, mais prejudiciais ao clima do que as queimadas e os cortes de árvores para venda ilegal de madeira ou expansão da agricultura. Poucos têm tido a coragem de atacar países produtores de petróleo em larga escala, o uso excessivo de gasolina nos milhões e milhões de veículos que circulam pelo mundo. Agora, somente nós somos os vilões? Tenham dó! Outro fator que, nestes meses finais do ano nos deixam estarrecidos é o problema do surgimento de petróleo em muitas praias de toda a região Nordeste. Um crime ambiental sem precedentes dada a extensão e que, como um raio, atinge justamente uma parte do Brasil que procura melhores condições de vida. Da Bahia ao Maranhão, o crime ambiental vem matando várias espécies marinhas e ocasionando prejuízos incalculáveis aos cofres públicos de estados tão carentes. Há mais de dois meses praias nordestinas que são referências no turismo mundial ou destaque na pesca vêm sofrendo com o surgimento de toneladas de petróleo espalhadas por suas praias, também mar adentro. A luta para resolver ou amenizar os efeitos do crime vem envolvendo centenas de voluntários que se juntam-se aos especialistas num trabalho de limpeza sem tréguas. No triste contexto, também em muitos trechos do litoral cearense o petróleo chegou em larga escala, causando prejuízos incontáveis aos que vivem do labor no turismo ou da pesca. A vítima recente é o litoral leste, especialmente onde estão praias de forte valor econômico, pois referências na pesca de peixes, crustáceos e no turismo. As praias de Ponta Grossa, Redonda e Barreiras, todas do município de Icapuí foram invadidas fortemente pelo presente grego, amenizado um pouco agora graças à união de muitos envolvidos no afã de extinguir o mau. O que é de estranhar é que até agora as autoridades responsáveis do País, não obstante todas ferramentas que possuem, inclusive tecnológicas, não sabem quem é culpado pelo crime. Será que não sabem?..
“POÉTICAS DAS ÁGUAS” - A mostra Poéticas das Águas, realizada pelo Porto Iracema das Artes, em parceria com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), teve a solenidade de abertura no recente dia 17. O evento aconteceu no Pátio da Escola e contou com a presença das equipes pedagógicas do Porto e da Cagece, com a participação dos autores das 20 obras selecionadas para a exposição.
Os artistas são Allan Matheus Rodrigues Alves; Bárbara de Moira; Ca.Breu; Clébson Oscar; Felipe Costa; Ailton Santana; Isaac Silva; João Paulo Duarte de Sousa; João Castro; Leticia Belo; Levi Lima; Lívio do Sertão; MDias Preto; Natali Carvalho; Índiia Favelada; Naya Oliveira; Rômulo Silveira; Sidnei Maia; Valquíria Rodegheri; Víctor Fernandes; Vitória Helen; Lídia dos Anjos; Fernanda Barros; e Lanna Carvalho.
Os trabalhos foram desenvolvidos por jovens de 15 a 29 anos, que integram ou já integraram a rede de ensino pública cearense – esse é o público prioritário das ações desenvolvidas pelo Porto Iracema. A criatividade e a produção artística dos jovens atendem à proposta de gerar reflexão em torno da preservação da água e poderão ser conferidas no hall do café da Escola até o próximo dia 22 de novembro.
PATRIMÔNIO TURÍSTICO DA CIDADE - Em solenidade realizada na segunda-feira (14), às 15 horas, no Instituto do Ceará, a Prefeitura de Fortaleza reconheceu oficialmente, por meio da Secretaria Municipal do Turismo (Setfor), o Instituto do Ceará como Patrimônio Turístico da Capital. Organização sem fins lucrativos, o Instituto é o quarto equipamento da cidade a receber o reconhecimento. Desde 2016, três instituições da iniciativa privada já receberam o título: o Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza, o Museu da Fotografia e o Iate Clube de Fortaleza.
. Fundado em março de 1844, o Instituto do Ceará – Histórico, Geográfico e Antropológico é uma das instituições culturais mais antigas do Estado e do País. Conta com museu, hemeroteca, biblioteca, auditórios, setor de audiovisual e laboratório de restauro e conservação, além de um acervo formado por cerca de 40 mil itens, entre livros, jornais e a revista do Instituto.
O Instituto do Ceará tem sede no Palacete Jeremias Arruda, construído em entre 1919 e 1920, e teve seu tombamento definitivo aprovado em fevereiro deste ano pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa), ligado à Secretaria Estadual da Cultura (Secult).
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