Fortaleza está sendo bem divulgada Brasil afora e em alguns países estrangeiros, com apoio financeiro do Governo do Estado, da Prefeitura Municipal (em menor escala) e de empresários que exploram os diversos segmentos do turismo local. A divulgação do potencial turístico cearense é motivo de elogios de nossa parte, pois sempre estamos a afirmar: turismo que não se anuncia, esconde-se.
Julho aproximando-se. Significa dizer época de férias. Estas lembram viagens a mercados receptores de turistas que sabem receber bem e oferecer-lhes uma infraestrutura de suporte, capaz de deixá-los satisfeitos e, além do mais, saírem divulgando os atrativos das localidades visitadas e da cultura prevalecente de suas comunidades.
Mas, se brasileiros e alguns estrangeiros ficam conhecendo o que o Ceará tem de belo, útil e agradável pelos veículos de comunicação de massa (rádio, jornal, televisão, revista, folder, outdoor, cartaz, banner e sites na Internet, os visitantes, por outro lado, ao chegarem a Fortaleza, deparam-se com alguns senões na parte de infraestrutura da cidade.
Ao conhecerem as praias, os ambientes de diversão pública, monumentos históricos, praças e outros atrativos lamentam que uma cidade tão acolhedora, de belas praias, orladas de coqueirais, povo hospitaleiro, gastronomia excelente, artesanato criativo e variado, apresente sujeira, em suas imediações, as pichações pelos muros, danificações nos monumentos e ainda com escassez de sinalização turística, sem falar de que algumas ruas da “Loira Desposada do Sol” não contêm placas nominativas.
Ah! Dirão alguns: “Isso acontece até nas maiores cidades do Brasil, que atraem mais turistas do que Fortaleza”. Os que justificam a assertiva, supracitada, querendo “cobrir o sol com a peneira”, citam, dentre as capitais, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Difícil reconhecer senões, existentes na infraestrutura fortalezense, nos transportes coletivos, nos meios de diversão pública, promoções culturais, limpeza.
Ah! E segurança pública? Esta, atualmente, deixa muito a desejar, apesar das ações policiais, diariamente, no combate a assaltos, saidinhas bancárias, crimes hediondos e outras mazelas sociais. É bom lembrar às autoridades competentes que SEGURANÇA, por incrível que pareça, virou atrativo turístico. Hoje, turista, antes de viajar, pergunta se tal destino turístico oferece SEGURANÇA PÚBLICA para si, seus familiares e amigos. É que ninguém, de sã consciência, visita polos turísticos, onde impera a violência física e contra o patrimônio histórico, artístico e cultural.
E, agora, uma perguntinha que incomoda: gente, será que, em julho (alta-estação), vamos receber mais visitantes, com vias esburacadas, águas empossadas nas coxias, sujeira nas praias, nas ruas e avenidas, monumentos pichados, meios de transporte coletivos velhos e a marginalidade deitando e rolando, como se diz na gíria? Acreditamos no contrário, pois o Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza, num trabalho conjunto, afirmam que a Capital do Ceará – Fortaleza – será bem diferente daquela de administrações anteriores. Torcemos para que isso seja verdade!
Bem! Ficamos por aqui. O espaço é limitado e o que escrevemos pode ferir a suscetibilidade de quem nasceu com a vocação de “lagartixa”, ou seja, viver sempre balançando a cabeça, concordando com tudo e com todos, mesmo que sejam determinadas iniciativas prejudiciais ao desenvolvimento sustentável do turismo alencarino, mormente o de sua capital, principal porta de entrada de turistas.
Antonio José de Oliveira - Diretor da Abrajet-Ceará
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