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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

ACORDA, BRASILZÃO

Antonio José de Oliveira
Abrajet / CE
Vamos repetir o que já comentamos em artigos anteriores a este. Parece-nos que pouco adianta ao Brasil ser considerado, dentre os países, que exploram atividades turísticas, impactando mais de 60 segmentos econômicos, o de maior riqueza natural e fauna mais rica do mundo, se não é competitivo, na indústria do turismo, ainda ocupando um lugar não satisfatório no “ranking” geral, do turismo mundial.
Você, amigo-leitor, sabe a razão de o nosso país não ser competitivo? Não é muito difícil de se saber o porquê. Vejamos, então, enunciando alguns dos entraves: problemas na infraestrutura, regulação, violência (cada vez mais aumentando nos grandes centros urbanos), escassez de mão de obra qualificada e poucos investimentos de suporte ao desenvolvimento sustentável do turismo, que, outrora, era apelidado de “indústria sem chaminés”.
O pior, minha gente, é que os senões não devem, nem podem suplantar todas as riquezas naturais, artificiais e culturais de um imenso Brasil, geograficamente, falando, em que cada região possui características étnicas e culturas diversificadas.
Para nós, brasileiros, deve ser motivo de orgulho constatar ser o Brasil destacado, também, no universo turístico, como o país de maior número de lugares, considerados patrimônios da humanidade, da quantidade de áreas protegidas e da qualidade do meio ambiente, embora a poluição venha destruindo, em nome do progresso, nossas matas, nossos recursos hídricos, nossa fauna e tantas coisas que a mãe-natureza  ainda nos proporciona.
Para nós, que, há mais de 30 anos, escrevemos sobre assuntos turísticos e participamos de eventos, nesse segmento econômico, Brasil afora e até no exterior, é horrível perceber o nosso “Gigante pela própria natureza” -  como diz um verso do Hino Nacional brasileiro – suplantado por outras nações, em termos de turismo, por falta de visão de alguns governantes das esferas estadual, municipal e federal e de alguns empresários do ramo, que não estão nem ai, para o que vem sendo feito à base do amadorismo.
Bem! Quando se indica um ministro e, frequentemente, acontece, que serviu de cabo eleitoral ou, então perdeu as eleições, para ocupar postos nas esferas, acima mencionadas, parece brincadeira e uma demonstração patente de que turismo é coisa de desocupados e que não rende dividendos à nação brasileira.
Longe de nós, caro leitor, a tolice de afirmar que, no Brasil,  não se investe, na infraestrutura física do turismo, na divulgação do seu potencial e em mão de obra qualificada em todos os seus segmentos.
 Acontece, gente, ser muito pouco. As verbas, para divulgação dos atrativos turísticos, da diversificada cultura regional e de promoções, interna e externamente, são pequenas, se comparadas às de outras nações, inferiores à nossa, em belezas naturais, mares de águas tépidas, abundantes flora e fauna, ricos patrimônios históricos, variegadas peças artesanais, gastronomia, povo hospitaleiro e criativo, além de festivo etc. Ante o comentado, somente nos resta alertar: acorda, Brasilzão!     
Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da Abrajet-Ceará

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