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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CALEIDOSCÓPIO - A AZUL, PENAMBUCO E O 'HUB' DA TAM

A AZUL, PENAMBUCO E O 'HUB' DA TAM
De certa forma foi impactante a notícia de que a Azul Linhas Aéreas iria expandir seus voos, a partir de fevereiro próximo, tendo como ponto de partida o Recife. De lá, além das partidas que já acontecem, haverá a ampliação das operações, passando de 24 ligações por dia para 32 decolagens com destino a 24 cidades. Uma expansão da sua tendência em intensificar voos regionais.  Diz a empresa que pesou na decisão a escolha por Recife a localização estratégica, entre outras coisas, e o incentivo tributário do governo pernambucano (redução de 25% para 12% sobre o preço do querosene). Outra afirmação é que esta ampliação de voos partindo da empresa não tem nada a ver com “Hub”, pois já possui dois, um em Campinas, São Paulo, outro em Belo Horizonte. Quanto a que pretende ter no Nordeste, o assunto ainda está em estudo. O fato, de certa forma, oferece motivo para se pensar que Pernambuco não acredita mesmo ser contemplado com o tão falado ponto de conexão, “Hub”, que a TAM pretende implantar na Região -  no Recife, ou em Natal ou Fortaleza. A empresa do Grupo Latam vem fazendo seus estudos sobre o assunto, procurando, é claro, o melhor para os seus interesses. Não é uma decisão fácil. Tanto é assim que adiou a solução para o primeiro trimestre deste ano, antes apontada para até o final do ano de 2015. É fato que os Aeroportos Pinto Martins, de Fortaleza,  Guararapes, do Recife,  e Aloisio Alves, ( que não é situado em Natal mas no vizinho município de  São Gonçalo do Amarante) apresentam prós e contras ao que pretende a TAM, problemas de ordem técnica e de demanda de passageiros. Os estados envolvidos na escolha vêm travando uma “briga de foice” visando ser o contemplado. Entre, outros fatores, procuram superar obstáculos técnicos e políticos, este com peso importante, mas não decisivo, uma vez que empresa do Grupo Latam visa sobretudo o que for melhor para si, em termos técnicos e, principalmente, financeiro. Segundo se diz, as adaptações do Aeroporto do Recife são as que apresentam maior grau de dificuldade. As de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, conforme consta, atualmente são menores. Inclusive, segundo se diz, tecnicamente são as mais favoráveis. Quanto ao nosso Pinto Martins, o governador Camilo Santana, contando com as forças produtivas do Estado e total apoio do “trade” turístico ao lado das entidades produtivas, vem trabalhando “full time” a fim de que ele supere em breve os obstáculos do momento e se torne capaz de atender cem por cento ao que objetiva a TAM.  A Base de Operações do Nordeste da TAM Aviação Executiva, no Aeroporto de Aracati, já está pronta, aguardando apenas o resultado final da ANAC para poder operar, o que se espera para os breves dias. Incentivos fiscais e a construção de um terminal exclusivo para a companhia estão entre o que poderemos oferecer. Some-se a isto o fato de que o nosso aeroporto brevemente passará a ser administrado pela iniciativa privada, certamente após o leilão que deverá ocorrer ainda este semestre. Finalmente, diga-se, esta “briga” toda tem uma razão de ser. O Estado que ficar com o “Hub” da TAM, segundo seus estudos, ocasionará a geração de 35 mil empregos diretos e indiretos até 2018, além de crescimento de 6% do PIB cearense, o que representa impacto de R$ 9,9 bilhões na economia local, num período de cinco anos de operação. 

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