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sexta-feira, 7 de julho de 2017

BNTM FICOU A VER “NAVIOS” COM OS “BUYERS”

NÃO ENTENDERAM OS OBJETIVOS DA PROMOÇÃO -  Quando o turismo começou, seriamente, a ser reconhecido no Brasil como atividade econômica da maior importância, na forma do instrumento destinado a impulsionar o desenvolvimento de uma cidade, de um estado, ou de um país, instituiu-se a BNTM. Seria, como anos a fio, o organismo que, reunindo todos os Estados do Nordeste, pudesse promover, sobretudo, os meios capazes de estimular a comercialização do produto para os compradores nacionais e, sobretudo, os estrangeiros.
Convencionou-se, por consequência, a promoção anual de um encontro – cada ano na capital de um Estado nordestino – que pudesse reunir os principais compradores do país e do exterior em confronto com os promotores do turismo da região. Seria a forma mais racional capaz de facilitar a venda pelos nordestinos dos seus produtos para os demais brasileiros e para os principais países emissores.
A RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS OFICIAIS - Na formatação do esquema de compra-e-venda do produto turístico do Nordeste, portanto, cometeu-se a cada Estado, através do seu órgão encarregado de comandar a promoção da atividade, a responsabilidade de produzir as condições indispensáveis para que o encontro anual se efetivasse do modo mais racional e objetivo.
Por evidente, a cada realização anual da BNTM, o patrocínio – o que vale a dizer, a responsabilidade – das condições indispensáveis e essenciais para que os principais objetivos fossem alcançados, coube, claro, ao órgão estadual. E assim ocorreu durante todos os anos subsequentes, escusado dizer, com absoluta eficiência no que concerne aos mecanismos factíveis dos encontros entre “buyers” e “suplyers”.
NA BAHIA PARECE QUE NÃO SE ENTENDEU A EXTENSÃO DOS ENCARGOS - Parece ser do conhecimento geral, a esta altura, de que, para este ano, a responsabilidade da organização do encontro da BNTM teria sido cometida ao Estado da Bahia. Aos seus órgãos de turismo, evidente, foi concedido o privilégio de acolher e realizar o evento, na formatação como concebido desde as suas origens.Tal responsabilidade acumulava, como, lógico e do domínio público, e reunia, como reúne, uma série de encargos. Tais a mobilização da comunidade empresarial e profissional local, da mesma sorte como o convite e a viabilização da vinda dos compradores nacionais e estrangeiros – ditos “buyers” – tudo isto moldado numa eficiente promoção que se constituísse na forma de atração de tais convidados.
NEM PROMOÇÃO, NEM “BUYERS” -   No que respeita a promoção, pelo que vimos nos veículos de comunicação até as vésperas do acontecimento, ter-se-iam esquecido de que a divulgação é pedra basilar para o sucesso de qualquer realização. Porque, praticamente, nenhuma notícia foi veiculada oportunamente sobre a programação de tão importante acontecimento. 
Tão confirmada é esta assertiva que, até cerca de quarenta e oito horas antes do encontro, não sabíamos – nem havíamos encontrado notícias – de qual seria a sede da BNTM em Salvador – Bahia. Tivemos que recorrer a amigos para obter a informação, sobretudo porquanto, por nossa própria iniciativa, havíamos convidado meia dúzia dos principais jornalistas especializados de vários Estados. 
Os aludidos profissionais viriam, como lógico, promover a cobertura de tão importante acontecimento numa atividade econômica da maior importância para a região e para o país – o que não é novidade. Evidente de que necessitaríamos de conhecer o detalhamento da programação a fim de que pudéssemos, então, elaborar a agenda da estada daqueles profissionais.
E OS “BUYERS”??? - Confesso de que me senti deveras envergonhado quando, ao lado dos jornalistas convidados, ao chegar ao Hotel Fiesta – onde se realizaria, como ocorreu, o evento – e ao contatar com diversas lideranças do turismo baiano, fui informado de que até aquele instante – com o encontro já inaugurado – os tão esperados “buyers” estrangeiros não haviam chegado a Salvador.
Mais estupefato e envergonhado, ainda, senti-me quando a informação foi completada com a notícia de que a razão da ausência dos convidados estrangeiros naquele instante cometia-se ao fato de que, as indispensáveis passagens aéreas, que deveriam ter sido remetidas pelo Estado anfitrião, somente teriam chegado aos seus destinatários na véspera do acontecimento.
ASSIM FICA MUITO DIFÍCIL DE PROMOVER O DESENVOLVIMENTO -- Não há como concluir que, procedendo dessa forma, fica muito difícil, praticamente impossível, alcançar-se o desejado desenvolvimento de uma atividade econômica da estatura do TURISMO. 
Por estas e todas as demais razões é que essa tão proclamada e decantada atividade no país ainda patina, sem alcançar a mínima dezena de milhão de turistas estrangeiros. O que deixa este Brasil estafado de aguardar que a competência lhe promova a explosão de crescimento de que tanto a nação espera. 

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