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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

CALEIDOSCÓPIO - ATÉ QUANDO

ATÉ QUANDO
Estamos na metade dos chamados B-R-OBROS, isto é, nos quatro últimos meses para terminar este indigesto 2017. O povo brasileiro, quando atinge o período, fica animado, na esperança de dias melhores, pois um novo ano chegará com perspectivas de que as cousas melhorarão, em todos os sentidos. As festas natalinas e do final do ano são a consagração deste pensamento positivo. Nos últimos anos, contudo, as esperanças não vão conosco à frente, não têm sido nada favoráveis. Persiste o pensamento da cantiga de perua, pior, pior, pior. Por que esta desilusão? Justamente pelo que se passa na política, aí envolvendo os três maiores poderes da Nação: Executivo, Legislativo e Judiciário. Tantos vêm sendo os “imbróglios” que até as crianças percebem que o Brasil atravessa a mais séria crise da sua História. Sabia-se que havia corrupção, ladroeira, falta de caráter e tudo que é ruim para um país civilizado, decente. Só que o conhecido Mensalão e a Operação Lava-Jatos com seus derivados mostraram e vêm mostrado em profundidade como a falta de caráter, a roubalheira desenfreada e o cinismo de uma centena dos chamados “homens públicos” nos enchem ainda mais de tristeza e espanto. Some-se a isto, talvez até por isto, o caminho apontado para os nossos filhos, netos e bisnetos seja nebuloso, ponteado de exemplos danosos e incertos ao convívio de uma sociedade que se pretendia feliz. Como esperar um Ano Novo repleto de pensamento positivo se os que nos conduzem e os que lhes acercam de perto andam por estradas enlameadas e putrefatas?  Ontem, eram assaltos à Petrobras e investidas aos cofres públicos que puseram a nu quem roubava direta e indiretamente, criminosamente tirando dinheiro que deveria ser investido na saúde, na educação, na segurança pública, verba subtraída dos mais pobres, dos que não têm casa nem comida para uma vida digna. Nos tempos atuais, de presidente a ex-presidentes do País, passando por ministros do Governo, senadores, deputados, empreiteiras, doleiros e uma máfia sem fim há centenas na mira da Justiça. O circo se movimenta no faz de conta e nada acontece de positivo. Esta semana, o retrato vivo da pantomima. Aqui, o Senado se reúne para autorizar ou não se um dos seus “valores” seja processado e logo se afaste do mandato. Como era de esperar, continuará na função, somente prosseguindo o processo de que é acusado depois de terminada a legislatura atual. Na Câmara Federal, pela segunda vez, por maioria de 13 votos, o atual Presidente da República foi julgado pela Comissão de Constituição. E a maioria dos componentes achou que sua excelência não era culpado do que foi acusado pela Procuradoria Geral. É quase certo que a solução final do caso, o julgamento pelo Plenário, na próxima semana, também seja favorável à autoridade maior do Executivo. Assim, ele também só será processado no final do seu mandato. Não se entra no mérito de quem é ou não culpado do que são incriminados. Apenas nos reportamos ao modo com as coisas acontecem. Não deixa de ser risível a maneira de suas excelências discutirem os casos, cada qual puxando brasa para os seus partidos, suas ideologias, muitos até atolados até o pescoço nos malfeitos. Até quando a malévola palhaçada continuará? 

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