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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O CEARÁ ENTRE OS CONTEMPLADOS - OITO AGRACIADOS NO MAIOR PRÊMIO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

29º Premio Rodrigo Melo Franco de Andrade
Uma grande festa, reunindo a diversidade da cultura brasileira, vai celebrar os 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E a cidade escolhida para as celebrações, que acontecem de 24 a 27 de outubro, é o Rio de Janeiro, que, além de grande número de bens protegidos – tombados e registrados em nível federal , é também Patrimônio Mundial por sua Paisagem Cultural Urbana.
Um dos destaques da programação é a cerimônia de entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, a mais importante premiação do país voltada para ações de valorização, promoção e preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Nesta 30ª edição, o Prêmio, promovido pelo Iphan, contemplou oito projetos dos estados do Amapá, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Durante a cerimônia, no dia 24 de outubro, às 19h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o Iphan também vai homenagear parceiros, entre instituições e personalidades, que se destacaram nos últimos 80 anos na gestão do Patrimônio Cultural, com a Medalha Mário de Andrade, instituída para celebrar os 80 anos do Instituto. 
A plateia, formada por premiados, homenageados e convidados, será agraciada com apresentações culturais de bens registrados, como o Jongo do Sudeste, o Maracatu, o Bumba Meu Boi do Maranhão e a Capoeira. Para encerrar a noite, o palco do Municipal receberá também o show Grande Encontro, com Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo.
OS VENCEDORES -  Divididos em quatro categorias, os projetos foram selecionados durante a reunião da Comissão Nacional de Avaliação, que ocorreu nos dias 21 e 22 de agosto, em Brasília.
Na categoria I, duas ações de excelência em técnicas de preservação do Patrimônio Cultural foram contempladas. O projeto Arquivo e Testemunho: Acervo da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro, de Porto Alegre (RS). Também na categoria I, a ação Retratistas do Morro - Preservação da Memória Visual do Aglomerado da Serra, de Belo Horizonte (MG), ganhou destaque por contribuir para a preservação do patrimônio imagético dos moradores da Comunidade da Serra. 
Na categoria II, dois projetos de excelência em processos de salvaguarda do Patrimônio Cultural foram escolhidos. A ação Inventário de Folias Religiosas do Amapá apresenta uma densa pesquisa, visando o fortalecimento dessas manifestações como prática tradicional da cultura popular, expressão devocional de festas de santos católicos.O outro vencedor foi o projeto Acervo Maracá, de São Paulo. 
Duas iniciativas que objetivam comunicar, interpretar, divulgar, difundir e educar sobre o Patrimônio Cultural, material e/ou imaterial, para as atuais gerações, foram escolhidas na categoria III. O projeto Encontro Mestres do Mundo, do Ceará torna possível, desde 2006, a vivência da diversidade cultural e a troca de experiências com os mestres da cultura cearense. A iniciativa incentiva a transmissão de saberes e fazeres de homens e mulheres que, na sobrevivência de seu cotidiano, desenvolveram técnicas, ofícios, brincadeiras, rezas e alimentos, garantindo a tradição e a memória de seus ancestrais.
A ação Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória, de Minas Gerais, também vencedora da categoria III, se destacou por recuperar e preservar o patrimônio imaterial da cultura quilombola no Brasil. 
Na categoria IV, entre os vencedoras o projeto Porto Digital, de Recife (PE),  um parque tecnológico urbano. Fundado em 2000, resume uma política criada para inserir o estado de Pernambuco no cenário tecnológico global. 
A ação Patrimônio em processo: restauração do Espaço Comum Luiz Estrela, também de Belo Horizonte (MG), ganhou destaque por aplicar um conjunto de ações preservacionistas. A iniciativa realiza um trabalho de restauração de um prédio histórico abandonado, transformando o local num ponto de cultura, onde são realizadas atividades de formação cultural.
A premiação é uma homenagem ao primeiro presidente do Iphan, Rodrigo Melo Franco de Andrade, que esteve à frente do Instituto desde sua criação, em 1937, até o ano de 1967. Advogado, jornalista e escritor, Rodrigo Melo Franco de Andrade nasceu em 1898, em Belo Horizonte.
Celebrações -  O Iphan é uma das mais longevas instituições públicas do Brasil e a primeira dedicada à preservação do patrimônio cultural na América Latina. 
Para celebrar, muito mais que olhar sua própria trajetória, o Iphan quer projetar os próximos 80 anos. Para isso, teve início uma forte aproximação com diversos parceiros da iniciativa privada, do poder público e da sociedade civil, visando a integração com outras políticas públicas, como educação, saúde e turismo, com o foco na melhoria da qualidade de vida da população.
Para intensificar esse diálogo, nos dias 26 27 de outubro, no auditório do Museu do Amanhã, o Iphan promove o Seminário Internacional O Futuro do Patrimônio, cujo objetivo é refletir sobre a evolução da política de preservação e a gestão do Patrimônio Cultural. 
Na agenda do primeiro dia do Seminário, 26 de outubro, está o lançamento da edição comemorativa da Revista do Patrimônio, referente aos números 35 e 36. 

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