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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

FRANCISCO BRENAND, O “MESTRE DOS SONHOS”

Eu perfilo entre aqueles que, conhecendo a extensão das virtudes deste país, proclamam, alto e bom som, que o Brasil é detentor de todos os atrativos que constituem essa atividade, tão importante e capital para a economia dos países que é o TURISMO. Quem tiver o privilégio de, por inúmeras razões, ter percorrido o território continental da nação brasileira, inquestionavelmente terá constatado essa verdade.
Seria exaustiva a busca de explicações, de argumentos. Basta que se examine um cartel de critérios constitutivos daqueles atrativos para se identificar a existência de todos eles nos limites deste Brasil gigante.
Mas, dentre tantas opções que destfilam para os que  percorrem as infinitas trilhas entre os quatro pontos cardeais, nunca raro despertam algumas jóias encrustadas nos tantos caminhos. 
Pela enésima vêz, fizemos de parte do Nordeste o destino da nossa vilegiatura. E pudemos retornar às quantas jóias que permeiam as infinitas caminhadas.
Foi no Recife que, mais uma vez, buscamos alguns excepcionais momentos de descontração, ao perseguir  a rota que nos introduziu à velha Cerâmica São João da Várzea, fundada em 1917 e que, das ruínas a que fôra conduzida pelo encerramento das atividades industriais, viu-se transformada numa das mais fantásticas coleções e exposições de esculturas em cerâmica.
Das suas origens como fábrica de tijolos e telhas do Engenho Santos Cosme e Damião, no bairro histórico da Várzea, cercado por remanescentes da Mata Atlântica e pelas águas do Rio Capiberibe, Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brenand, mais consagrado apenas como Francisco Brenand, instalou a oficina em que deu largas à explosão da sua genialidade criativa, no espaço que, por tantos anos, foi conduzido pelo seu velho pai.
Nascido em 11 de junho de 1927, em Recife, Pernambuco, Francisco Brenand idealizou a reconstrução da Velha Cerâmica São João da Várzea. Hoje, após, mais de 40 anos de trabalho intenso e guiado pela sua obstinação, legou à posteridde um monumental acervo escultórico.
Indiscutivelmente, o legado de Francisco Brenand é único no mundo, pois a sua oficina constituiu-se num conjunto fantástico de grande originalidade, que marcou como característica o seu constante processo de mutação. Porque há uma total sociedade da obra com a arquitetura até se consubstancciar num universo verdadeiramente abissal, dionisíaco, subterrâneo, obscuro, sexual e religioso”.
Na realidade, é um complexo integrado por 9 espaços diferenciados, a partir dos ”Comediantes”, constituídos por quatro figuras de saltimbancos que funcionam como uma comissão de boas vindas a todos os que visitam o espaço.
Segue-se o “Templo Central” que, na sua cúpula, está guardado o “Ovo Primordial”, como consstituinte de um emblema da imortalidade.
Daí até o “Salão de Esculturas” onde se encontram expostas, permanentemente, as esculturas e panéis do artista.
Adiante está o “Anfiteatro” que tem o piso em forma de “mandala”, lembrando mais uma sala de autênticos banhos romanos.
Está logo à frente a “Praça Burle Marx”, que é o jardim que foi projetado pelo consagrado paisagista, onde se encontram, igualmente esculturas de Brenand.
A sexta atração é a “Academia”, integrada por uma galeria com nada menos do que cerca de 300 desenhos e pinturas do famoso artista.
Ainda se encontra um “Cine Teatro Deborah Brenand”, que tem capacidade para um público constituído por 128 pessoas e utilizado para  especiais projeções e programadas palestras.
Mais ainda é atração do conjunto o “Templo do Sacrifício”, considerado como o resgate de esculturas assassinadas.
Por fim, completa o conjunto de especiais espaços o “Estádio”, que está constituído de um grande salão voltado para a realização de eventos diversos.
O Conjunto ainda é integrado por uma “loja - café” que é o local onde os visitantes encontram uma pausa para degustação de refeições ligeiras, além de econtrar várias possibilidaes de “lembranças e souvenirs”, ao lado de peças utilitárias e obras do próprio artistica.
A minha primeira investida pelos caminhos de Francisco Brenand, junto às filhotas Carla Helga, à netinha Lorenza e ao genro Beto, ocorreu ano passado por nímia gentileza do querido Confrade LUIZ FELIPE MOURA que, sem a menor dúvida, é um extraordinário anfitrião.
Este ano tivemos a oportunidde de retornar a Recife e não poderia estar distante do nosso roteiro uma nova investida à genialiade de Brenand.
Somos prilegiados, pois.

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