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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

OLINDA, DA CAPITANIA HEREDITÁRIA AO CARNAVAL

A história de Olinda confunde-se com a própria história do Brasil. Remonta a 1534 quando a Corôa Portuguesa instituiu o regime das Capitanias Hereditárias. Foi quando a Capitania de Pernambuco foi destinada ao fidalgo lusitano Duarte Coelho.
A sua história percorre uma trajetória que vai desde que dominou a região, até ser separada do Recife e se constituir num dos mais expressivos municípios de Pernambuco. 
Na realidade, a feitoria foi fundada em em 1516 entre Pernambuco e Itamaracá. A sua origem ocorre quando se instalou no alto das colinas, onde já existia uma aldeia denominada, pelos indígenas que a habitavam, de Marim. Instalou-se ali, então, o povoado que, em verdade, deu origem à Olinda de hoje.
A história também informa que a sua denominaçao de Olinda teria decorrido de uma frase emitida pelo fidalgo Duarte Coelho quando, impressionado com a beleza natural daquele espaço, teria dito: “Oh linda situação para se construir uma vila”.
A localidade, então, com o tempo e a exploração dos seus recursos naturais, tornou-se tão próspera que, em 1537, não pôde fugir à sua evolução natural sendo, então, elevada à categoria de Vila.
Então, Olinda transformou-se num dos mais desenvolvidos centros comerciais da Colônia. Mas a história seria ingrata com Olinda, destinando-lhe um episódio que não somente marcaria a sua trajetória como lhe destinaria uma situação de desajuste. Em 16 de fevereiro de 1630, Olinda foi invadida pela esquadra holandesa.
Decorridos menos de dois anos, pois em 24 de novembro de 1631, os holandese cometeram o sacrilégio de incendiar Olinda. De lá seguiram para a construção de Recife, aproveitando, inclusive, muito material extraído da Vila que abandonavam à sua própria sorte.
Olinda, no entanto, logo, logo, retomou a sua própria caminhada, perseguindo a sua reconstrução. Até porque, em 27 de janeiro de 1654, os holandeses, finalmente, foram definitivamente expulsos, o que deu margem a que a reconstrução não somente fôsse retomada mas acelerada.
Então, essa bela história mostra que Olinda foi a primeira capital da Capitania, sendo que Recife, somente depois de tantos episódios se impôs, inclusive para determinar a emancipação.
Embora Recife passasse a ocupar o seu lugar, Olinda não se vergou e prosseguiu no seu desenvolvimento para se constituir num dos espaços mais importantes e prestigiados do, hoje, Estado de Pernambuco.
Olinda, portanto, integra, hoje, a Região Metropolitana de Recife, depois que a Capital do Estado foi definitivamente instalada no município vizinho. A construção da cidade concedeu-lhe um patrimônio invejável, que expressa a sua vigorosa história. Nas suas colinas foram erguidos templos católicos, mosteiros, seminários, e uma arquitetura colonial que lhe proporciona destaque internacional.
Tanto assim que, hoje, Olinda é considerada como a mais antigas das cidades brasileiras “Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade”, título que lhe foi outorgado pela própria UNESCO.
Em 2016, o IBGE estabeleceu como sua população o total de 390.144 habitantes. No entanto, originalmente, Olinda possuia uma extensão muito maior, porquanto há alguns anos, cedeu cerca de 70% do seu território para que fôsse constituído o Município de Paulista.
A versão é de que a divisão e a perda de tanto espaço decorreu do fato de que um determinado político, que já fôra seu Prefeito, tendo sido derrotado numa eleição seguinte, utilizou do seu prestígio a nivel do Estado para conseguir aquela divisão.
E Olinda perdeu, não apenas a maior parte da sua extensa área, mas o cabedal maior da sua economia. Hoje, praticamente não dispõe de estrutura industrial que seguiu com o novo município.
O prejuizo não foi maior porquanto todo o fantástico patrimônio histórico foi-lhe conservado. E Olinda, praticamente, limita a sua eocnomia ao turismo que, diga-se de passagem, é bastante forte. As suas ladeiras, as suas praças e ruelas, os seus prédios históricos, vivem permanentemente povoados por visitantes de todas as partes do territsório nacional e do exterior.
Mas o ponto alto da sua extreordinária estrutura turística também reside no seu famoso e prestigiado Carnaval. Quando a cidade “abarrota-se” de turistas ávidos para acompanhar as suas tantas bandas e os tantos blocos que destacam como característica maior e a sua tradição os famosos “bonecos gigantes”.
Embora, de certa forma, prejudicada pela agressividade do mar, Olinda também desfruta de muito prestígio por conta das suas praias. O seu litoral ocupa toda a extensão, praticamente, do município.
Entre tantos títulos e “slogans” que lhe caracterizam, Olinda ostenta o de “Cidade Histórica” que, há muitas décadas, inclusive, consagrou uma canção feita sucesso estrondoso por um garoto que despontou no rádio, à época, e que se chamava Paulo Molin.

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