No último sábado (23) comemorou-se o Dia Nacional da Pessoa Surda-Muda, deficiência causada pela falta da audição, que impede a verbalização das palavras. Mas não impede de realizar sonhos e conhecer o Brasil. Conheça três destinos, de norte a sul do país, que já utilizam ferramentas e políticas de inclusão com o objetivo de se preparar para receber turistas com deficiência auditiva.
Em Manaus (AM), o Bosque da Ciência vai oferecer, a partir deste mês, visitas autoguiadas para deficientes auditivos. O espaço público de lazer é referência em turismo pedagógico e desenvolveu um roteiro inclusivo com 12 atrativos sobre a fauna e a flora da Amazônia. O turista surdo vai recorrer ao Giulia, um aplicativo para smartphones que faz a leitura em Libras dos QRCodes dos pontos turísticos.
O kit Turismo Acessível da capital do Amazonas também tem um resumo em glosa (linguagem escrita utilizada pelos surdos) para garantir a visita autoguiada. .
O aplicativo Giulia foi idealizado pelo professor Manuel Cardoso, da Universidade Federal do Amazonas, com múltiplas funções de comunicação entre surdos e ouvintes. A adaptação da função assistiva para atrativos turísticos atende ao projeto da professora Selma Batista, do curso de Turismo da Universidade do Estado do Amazonas.
CENTRO-OESTE - Em Brasília, o Congresso Nacional é um dos atrativos mais visitados do Distrito Federal. A visita é guiada pelos principais espaços da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Dos 15 monitores de visitação institucional, quatro são intérpretes de Libras, que atendem os turistas com deficiência auditiva e grupos pré-agendados. O roteiro de turismo cívico, com foco na educação para a cidadania, informa o turista sobre a história política do Brasil, o processo de elaboração das leis e o patrimônio artístico e arquitetônico do Congresso Nacional.
REGIÃO SUL - No Rio Grande do Sul, o Festival de Cinema de Gramado usa legendas para quem não ouve, mas se emociona. O evento ampliou a acessibilidade para atrair turistas com deficiência auditiva que visitam a Serra Gaúcha. Na 47ª edição do festival, em agosto próximo, as sessões inclusivas vão contar com recursos como legenda descritiva de elementos que não podem ser percebidos por quem tem baixa ou nenhuma audição. No ano passado foram realizadas 12 sessões deste tipo. Com o MTUR).
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