Pesquisar este blog

quinta-feira, 3 de maio de 2012

MANAUS REPRESENTA O NORTE NA COPA DO MUNDO

No Norte do Brasil, a única capital sede da Copa do Mundo 2014 será Manaus. Para lá estão previstos quatro jogos, na Arena Amazônia, válidos pelos grupos A, D, E e G. O primeiro será no terceiro dia de competição, 14 de junho,  e  reunirá duas seleções do Grupo D. As outras datas com confrontos confirmados são 18 de junho, 22 de junho e 25 de junho.
A construtora responsável pela Arena está reduzindo os custos de produção e operação, aproveitando as sobras e resíduos da demolição do Vivaldão, estádio que ficava no mesmo terreno. Situado entre o aeroporto internacional e o centro histórico da capital amazonense, o estádio será moderníssimo, com  acessos para portadores de necessidades especiais e sistemas de reaproveitamento de água da chuva e de ventilação natural para redução do consumo de energia. Depois da Copa, o conjunto deverá ser explorado pela iniciativa privada, como arena multiuso.
Além da Arena, que fica no centro, Manaus está em fase acelerada de trabalhos estrtuturantes,   programados no Protocolo de Intenções, a fim de  satisfazer não apenas os manauaras como os milhares de turistas que irá receber durante a competição.  A cidade está passando por muitas transformações, inclusive as que visam diminuir a demanda por mobilidade urbana.
DESENVOLVIMENTO - A capital do Amazonas, viveu uma época de realizações e grandes riquezas, com o chamado ciclo da borracha. Na época, em que se intensificaram a extração e a comercialização do produto no país, ela teve o seu centro na região amazônica, o que proporcionou uma grande expansão da colonização e atraiu riquezas, causando transformações culturais e sociais, dando impulso ao desenvolvimento das  vizinhas cidades de  Porto Velho e Belém, até hoje maiores centros e capitais de seus estados. O ciclo da borracha teve o seu auge entre 1879 a 1912, e depois experimentou uma sobrevida entre 1942 e 1945, durante a 2ª Guerra Mundial .
ATRAÇÕES - Várias atrações conferem  a Manaus o título de  grande destino turístico. Entre tantas, o Teatro Amazonas, construção que traduz aqueles áureos tempos,  quando Manaus chegou a ser chamada de “A Paris dos Trópicos”. Erguido em estilo eclético, foi inaugurado em 1896. O prédio tem cúpula de 36 mil peças de escamas de cerâmica esmaltada e telhas vitrificadas, piso de madeiras nobres feito com técnica de marchetaria e cadeiras de veludo vermelho.
O Palácio Rio Negro foi construído no início do século 20 pelo barão da borracha Waldemar Scholz, passou a ser sede do governo do Amazonas e residência do governador de 1918 a 1995. Transformado em Centro Cultural em 1997, guarda mobília da época, pisos, escadarias em madeira e jardim original. Em seu entorno ficam o Museu da Imagem e do Som, o Espaço de Referência Cultural do Amazonas, com casa de farinha, casa de caboclo e maloca, a Pinacoteca do Estado e o Museu Numismático Bernardo Ramos.
O Palácio da Justiça, antiga sede do Poder Judiciário, foi inaugurado em 1900 e transformado em Centro Cultural. A arquitetura tem influência neoclássica. No interior, além da beleza do piso, da escadaria e parte da mobília em madeira do início do século 20, podem ser vistos recitais poéticos, exposições e peças teatrais.
NA SELVA - Embarcações que partem de Manaus oferecem passeios de variadas durações – algumas possuem acomodações em redes ou cabinas – onde é possível apreciar a grandiosidade da Amazônia, navegando pelos rios Negro e Solimões e circulando pelo emaranhado de ilhas do arquipélago das Anavilhanas. Caminhadas pela selva às margens do rio Negro, passeio de canoas ou hospedagem em hotéis de selva são outras boas opções para conhecer um dos atrativos naturais mais impressionantes do mundo.
As águas escuras do rio Negro e as barrentas do Solimões percorrem uma distância de 6 km, lado a lado, sem se misturar, até formar o Amazonas. Agências de turismo oferecem excursões ao local. A aventura inclui guia, passeio de canoa pelos igapós e almoço em restaurante flutuante,com saídas do Porto de Manaus diariamente às 7h30min (retorno às 15h). A Ponta Negra é o balneário mais popular da cidade e o de mais fácil acesso. O banho no local não é recomendado, mas seu calçadão tem mais de 3 quilômetros de extensão, com infraestrutura de bares e lanchonetes.
O Ecomuseu reconstitui o modo de vida dos tempos do ciclo da borracha, com casa de madeira, móveis europeus e muita prataria, barracão de aviamento, casa de banho da mulher do coronel, barracão dos seringueiros, seringal, tapiri de defumação da borracha, capela e casa de farinha.
Na gastronomia,  predominam receitas de origem cabocla com peixes de água doce, temperos da floresta – jambu e as pimentas – a mandioca e seus derivados. Um prato típico é a caldeirada de tambaqui, com peixe fresco, temperos verdes e ovos cozidos. Outra criação amazonense é o jaraqui assado na brasa, acompanhado de baião-de-dois. Ingredientes indígenas se mesclam aos portugueses para gerar pratos como o pirarucu de casaca, feito com um dos peixes mais saborosos da Amazônia. Leva farinha de mandioca torrada (herança indígena) e azeite de oliva português
O artesanato, de origem indígena, faz uso de sementes de açaí, fibras de arumã e a jarina (chamada de marfim vegetal). Na feira de artesanato da Praça Terneiro Aranha, índios tucano e ticuna vendem seus trabalhos. A Ecoshop (Rua 10 de Julho, Centro) e a Central de Artesanato Branco e Silva (Rua Recife, Centro) comercializam peças produzidas por etnias indígenas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário