DIVIDAS DO SEMIÁRIDO
A presidente Dilma Rousseff anunciou no início do mês “medidas para renegociação de dívidas dos produtores rurais do Semiárido, que terão as execuções das dívidas e seus prazos processuais suspensos até dezembro de 2014”. Estão incluídas suspensão de ações contra compromissos não honrados; desconto para liquidação de operações de crédito rural contratadas até 2006 com recursos do FNE ou mistas com o FNE; linha de crédito para recomposição de dívidas contratadas até 2006; e autorização para renegociação das operações de crédito rural que estavam inadimplentes em dezembro de 2011, contratadas a partir de 2007. Não deixa de ser um pequeno alento para os produtores rurais nordestinos, vítimas periódicas das secas que castigam a região em períodos curtíssimos. E a estiagem deste ano foi a maior dos últimos anos. Certo é, porém, que estes heróis lutadores e sacrificados não têm como honrar empréstimos contraídos para empregar no campo, na produção de alimentos. O clima, a escassez das chuvas e uma série de fatores adversos têm sido adversários implacáveis. O próprio governo não lhes oferece condições satisfatórias para que produzam e possam contribuir não apenas em benefício próprio mas da região, do país. Não seria o caso de haver um perdão da dívida neste momento tão crucial? Não seria o caso de tratar os nordestinos inadimplentes da mesma forma como foram tratados há pouco tempo países africanos incapazes de honrar seus compromissos para com o Brasil?
RABO DE FOGUETE
Com total razão, há um clamor geral no Brasil contra a espionagem que, segundo revelações do americano Edward Snowden, nos tem sido imposta pelos Estados Unidos, grave bisbilhotice que pode ter atingido pessoas e empresas não ligadas às esferas governamentais. Se verdadeiras, a revelação merece todo o repúdio e o veemente protesto afora outras providências mais concretas e sérias. O governo americano, é lógico, vem afirmando não ser verdadeiro o que foi dito. Pelo seu embaixador no Brasil, Thomas Shannon, as informações publicadas sobre o monitoramento de informações de brasileiros pelo governo americano apresentaram uma imagem "que não é correta" sobre o programa de inteligência dos Estados Unidos. “Adiantou que os artigos de “O Globo” apresentaram uma imagem do nosso programa que não é correta, então estamos trabalhando com os brasileiros para contestar suas [dos artigos] perguntas”. Contudo, o embaixador fugiu às perguntas sobre a veracidade das informações. Nós, que não somos chegados a fatos relacionados com a segurança de países, estas coisas de “trabalho” das “inteligências”, estamos a matutar. Não se tinha noção do que faziam os americanos com os seus “aparelhos” montados no nosso território a tanto tempo? Onde andava a ABIN? Outra cousa, o americano que trabalhava nos serviços de espionagem realmente merece fé? Quais as razões para revelar segredos do seu País? Saturou-se contra a espionagem indevida, não aguentou mais e fugiu para revelar os graves fatos, mesmo sabendo que seria um traidor de sua pátria? Gente, certamente há muita coisa por trás de tudo isto. Portanto, vamos ficar fora desse verdadeiro rabo de foguete.
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