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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

FORTALEZA: UM GRITO DE ALERTA

Jamais nos acostumamos com o slogan da administração municipal passada, com o qual se apregoava ser Fortaleza bela. Na verdade, não está bela, como os fortalezenses desejam-na e os turistas também. Com chuvas não abundantes e falta de mais zelo pela cidade, foram responsáveis pelos estragos, nas avenidas, ruas, becos, vielas e outras denominações que se queira dar aos acessos, disponíveis para pedestres e veículos, sejam lá de que espécie for. 
Alguns remendos são feitos a fim de cobrirem buracos (uns, verdadeiras crateras), porém ficam horríveis (com depressões asfálticas), contribuindo para o não perfeito deslocamento de veículos e de pedestres. Por que a prefeitura não cobra das empresas serviços de qualidade, quando da recuperação das camadas de asfalto e da reconstrução de calçamentos e de calçadas? Por que não fiscalizar e aceitar obras que deixam muito a desejar? Acorde, caro prefeito Roberto Cláudio. O povo está protestando nas ruas.
Bem! Os turistas vieram. Gostam dos atrativos turísticos, como as águas tépidas de nossos mares, mas criticam a sujeira, nos corredores turísticos, nas praias, praças, além da presença de crianças, nas ruas e avenidas, restaurantes e outros ambientes públicos, pedindo esmolas, fazendo de conta que limpam para-brisas dos carros, assaltando, cheirando cola, ou consumindo drogas. Isso é o que mais choca visitantes e a população local, vendo pessoas novas drogadas e assaltando transeuntes, motorizados ou não, em pontos já por demais conhecidos dos policiais civis e militares.
A Polícia Civil e Militar têm combatido essa mancha negra em nossa cidade. Acontece que os bandidos organizam-se rapidamente e voltam ao crime, após saírem das prisões, ou serem liberados pela Justiça. É difícil fazer segurança pública em Fortaleza, mesmo com um aparato policial moderno (Ronda do Quarteirão). Lamentável que a população viva assustada com a bandidagem, atacando, matando, roubando, furtando e cometendo outros crimes, como falsificação de documentos, clones de cartões-de-crédito etc. 
A nosso ver, impossível acabar com a bandidagem. O problema é complexo. Mas, quem é que deseja visitar uma cidade, onde bandidos (maior e menor idade) estão desafiando policiais, na capital e no interior do Estado? Ah! Dirão alguns que violência não existe somente, no Ceará e na sua capital, porém em outros Estados da Federação, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco. Sim, senhor (a)! Isso, no entanto, não justifica convivermos, na ainda não bela Fortaleza, com marginais, em larga escala, intimidando as pessoas em qualquer hora do dia.
Muitos afirmarão que somos pessimistas, ou que deveríamos omitir esse “senão”, para prejudicar a vinda de turistas à nossa cidade ou ao nosso Estado. Não adianta, gente, jogar o lixo para debaixo do tapete. O correto é avaliar-se o problema e buscar soluções, em curto prazo, para reduzir a marginalidade. Lembramo-nos de que Nova Iorque, para acabar com a onda de violência, tomou uma decisão radical: TOLERÂNCIA ZERO. Aqui, isso jamais acontecerá! Não cabe, neste espaço, explicar os porquês.
Ante o exposto (jamais pecaremos por omissão), aguardamos a recuperação da infraestrutura de suporte ao turismo. Nós, fortalezenses, queremos uma cidade limpa, segura, com custo de vida suportável, hospitaleira, bastante visitada e admirada pela população local e pelos visitantes. Enfim, uma cidade que prime pela qualidade de vida de seus habitantes e de quem vier conhecer o que há de útil, belo, agradável e exemplar, na denominada “Loira desposada do Sol”, como a denominou o imortal Paula Ney.

Antonio José de Oliveira
Diretor da Abrajet-Ceará

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