GRANDE TIMONEIRA NA ACI
Na última segunda-feira, 16, fomos surpreendidos com a passagem para outra dimensão, sem dúvida mais justa do que a do Planeta Terra, de uma pessoa que tínhamos grande afeição. Era a senhora Maria Filomena Fontenele Magalhães, dedicada mãe de quatro filhos - Vânia Maria, da Vera Lúcia, do Marcos George e da Mirian - e pessoa que a maior parte dos seus 95 anos dedicou verdadeira paixão pelo clube que adotou como se filho também fosse. Assim pelo nome expresso nos registros civis pouca gente atina de quem se trata. Mas se a nomearmos como Dona Mariazinha, a fanática torcedora do Fortaleza Sporting Clube, aí é um mundão de gente que sabe de quem se trata. Frágil na constituição física, contudo dinâmica nas atividades de visitar a pé quase diariamente os filhos e amigos, intransigente como torcedora, Mariazinha era forte, determinada, apaixonada quando se tratava do “Tricolor de Aço”. Talvez por ser irmã do José Candido, um craque da década de l940, e também de uma expressão reconhecida como um dos mais respeitados escritores do futebol das Copas do Mundo, o Airton Fontenele, ambos torcedores Fortaleza, talvez por isto Mariazinha voltou-se de corpo e alma a torcer pelo clube do Pici. Com o perfil obstinado, intransigente e “briguento”, não dava tréguas aos adversários. Era da estirpe de Dona Chaguinha, mãe do saudoso fotógrafo José Rosa e de muitas crianças que vieram ao mundo pelas são mãos. Parteira que era, com seu guarda-chuva, no campo do Prado ou nas ruas, ia para cima de quem falasse mal do Ceará. Da mesma linha, mas torcedora fervorosa do Ferroviário, Dona Filó, que não perdia um só jogo do seu Ferrim querido. Também do Zelimeira, outro Ferrim roxo ou do Papacum, folclórico defensor do América do Lívio Amaro. Pois Dona Mariazinha era deste tipo que se destacava pelo amor ao seu clube de coração. Quantas vezes ela me telefonou para dizer que o jogo do Fortaleza estava passando em tal canal... Não obstante os seus muitos janeiros, não deixou de ser desagradável surpresa a sua morte. Participamos da tristeza da família de Dona Mariazinha, também, na certa, da legião de diretores e torcedores do Fortaleza. No seu caixão mortuário, como pediu, partiu para o Além tendo aos braços uma boneca vestida com a indumentária do Tricolor.
ADEUS A UMA FIEL TORCEDORA
Em meio a aplausos gerais de colegas e autoridades, na semana passada, a jornalista e professora de renome Adísia Sá tomou posse como presidente da conceituada Associação Cearense de Imprensa. Quase dispensável é dizer que a velha ACI, nestes seus 88 anos (14/7/1925), tem à frente uma timoneira competente, destemida e capaz de projetar ainda mais a “mãe” do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará e instituição que contribuiu de fato para a criação na Universidade Federal do Ceará do Curso de Comunicação Social (jornalismo). Aliás, Adísia, Alencar Araripe e outros jornalistas contribuíram e muito para que a nossa UFC tivesse curso tão conceituado. Acompanhei de perto a brilhante trajetória da querida companheira que parte para o novo desafio. Daí a firme convicção de que ela vai aprimorar mais ainda o que outros colegas fizeram como dirigentes da ACI, a exemplo, entre tantos, de César Magalhães Luís Sucupira, Perboyre e Silva, Pádua Campos, Antônio Carlos Campos de Oliveira, Stênio Azevedo, Zelito Magalhães, Ivonete Maia e o seu vice atual e presidente agora substituído, Nilton Almeida. Colegas que fomos em congressos da UNE, em Belém, e dos Jornalistas, em Manaus, além de outras caminhadas, podemos afirmar ser Adísia uma mulher competente, valente na defesa dos melhores postulados de competência e decência não apenas da classe mas da sociedade como um todo. A sua aparente fragilidade de corpo engana, pois nele está um espírito altivo e de iniciativa firme. O Ceará e o Brasil conhecem o eu valor intelectual e profissional. Daí a razão por que apostamos todas as fichas na sua administração à frente da ACI;
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