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sexta-feira, 17 de abril de 2015

TURISMO RECEPTIVO PARA IDOSOS

Antonio José de Oliveira
Nosso objetivo, neste artigo, é chamar a atenção dos dirigentes de órgãos públicos e privados do Estado do Ceará, para que invistam, por meio de campanhas publicitárias, na mídia impressa e eletrônica, nesse filão, ou seja, o mercado do pessoal denominado da terceira idade ou - como dizem outros - da melhor idade ainda pouco explorado e que pode ajudar a diminuir a sazonalidade das correntes turísticas, na baixa estação, apesar de, para alguns do trade turístico, não mais existir, no Ceará, sobretudo em Fortaleza, a baixa-estação turística.
Todos sabem, porém se faz necessário relembrar que pessoas da terceira idade (não estamos generalizando), além de tempo para viagens, dispõem de dinheiro e são consumidores, em potencial, para a compra de nossos produtos artesanais e gastronômicos, sem falar dos “souvenires”, destinados a familiares, amigos, quase obrigatórios para quem deseja presentear alguém, quando do retorno de passeios turísticos.
Agora, tem um porém: o receptivo a turistas da terceira idade ou da melhor idade – como queiram  - deve ter um diferencial. Afinal, são pessoas, muitas delas de nível superior, com mestrado e doutorado, que não querem, em suas viagens de lazer, a chatice de roteiros programados somente com praias, embora devam constar, nos atrativos, que lhes são oferecidos.
Bem! É bom atentar-se para o fato de gente idosa não gosta de se expor muito ao Sol (não vamos explicar, aqui, a razão) e de outras aventuras, que exigem bastante esforço físico, como longas caminhadas, subidas íngremes a pontos turísticos, sem falar de comidas típicas de difícil digestão, considerando-se o fato de que muitos fazem dietas por recomendação médica. Portanto, um cardápio diversificado é o ideal e que atenda as necessidades alimentícias desse público especial.
Não querendo ensinar o Pai Nosso ao  vigário, mister se faz também que a programação turística, para essas pessoas, seja diversificada e criativa, mas que não as deixem cansadas ao final do dia. Se muitos idosos têm bom preparo físico, existem os que são limitados, em termos de exercícios físicos e não podem acompanhar os mais preparados fisicamente. Ademais, cada idade tem as suas limitações, no tocante a esforços corporais.
Agora, vale a pena esclarecer que o elemento diferencial do polo receptor é o receptivo, pois o emissivo (a saída de cearenses para outros Estados do Brasil e exterior) representa, não só a evasão de divisas, bem como a criação de empregos, afora a geração de renda no países visitados, visto provocar o aumento da circulação da moeda nacional, em outros Estados brasileiros e, é claro, a saída também de divisas.
Ah! Cearenses devem visitar, sim, outros Estados e países, todavia os Governos Estadual e Municipal, aliados ao empresariado, precisam dar mais atenção ao Turismo Receptivo, pois, esse, na verdade, torna-se mais vantajoso em termos econômicos e culturais para nosso Estado. Ademais, é obrigação nossa oferecer, independemente de idade,  o que possa existir de melhor a quem nos visita, a começar por uma infraestrutura de suporte ao turismo, capaz de ser alvo de elogios.  Acredite nisso, minha gente!
Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da Abrajet-Ceará

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