“Segundo Sol” é a novela que a Rede Globo está enviando ao ar e que vem sendo responsável pela recuperação de Salvador, capital baiana, como um dos principais destinos turísticos do país. Tendo a Capital da Bahia como cenário, em que são desfilados com estilo seus principais atrativos, a novela tem motivado um crescimento considerável da procura da cidade para viagens neste último mês.
É que a aquisição de passagens aéreas para a cidade vem mostrando um cescimento considerável, da ordem de 112% desde o mês de maio e até o início de julho. Esse percentual refere-se à comparação com os 50 dias anteriores ao lançamento da novela. É informação que tem referência à procura pelos viajantes brasileiros de passagens aéreas de ida-e-volta, evidente, em classe econômica.
São elementos que constam de pesquisas realizadas por um dos mais importantes sites que informam sobre os diversos elementos que constituem uma viagem, o Kayak. Situação, por consequência, demonstra claramente que Salvador havia caído de modo vertiginoso na preferência dos turistas brasileiros em virtude do total desinteresse pelo Governo do Estado em referência aos naturais cuidados destinados ao turismo local.
Ao lado da promoção expressiva que a novela vem propiciando a Salvador, coincidentemente, a situação atual do câmbio, com a valorização exagerada do dólar, revela que a tendência natural dos viajantes brasileiros é pelos destinos nacionais. Com esses dois elementos alavancando a preferência por Salvador, a capital da Bahia subiu de cotação e, no momento, está ocupando a quarta colocação, no “ranking” do país, com respeito ao movimento turístico.
Ao lado da pesquisa que revela o crescimento do turismo na “boa terra”, o Kayak substancia que o que está faltando, em verdade, é a junção dos esforços dos poderes públicos que, buscando por aliada a iniciativa privada, deveriam intensificar pesquisas em busca dos melhores caminhos para cada vez mais acurada profissionalização e, sobretudo, para a potencialização promocional em torno da sua excelência.
Embora o evidente e atual crescimento de Salvador pela busca dos viajantes, a verdade é que voltou a ocupar, apenas a quarta colocação quando, há alguns anos atrás imperou soberana como o terceiro destino turístico mais prestigiado do país.
Hoje, por força de um apoio efetivo que o seu Governo do Estado vem proporcionando, o terceiro pôsto na preferência dos brasileiros está sendo ocupado por Fortaleza, ficando Salvador logo a seguir, na quarta colocação. Em primeiro está São Paulo, seguida pelo Rio de Janeiro. Recife vem logo na quinta colocação. No entanto, nessa classificação, quem lidera o ranking de crescimento é Maceió, com um percentual de 112%, vindo a seguir Fortaleza com 101% e Porto Alegre com 94%. Salvador, em índice de crescimento, ainda está depois de Natal que registra 88%, para 77% da capital da Bahia. Recife está entre Natal e Salvador, com 87%.
Essa relação, que coloca Salvador na quarta colocação na apreciação da atual demanda turística, tem na pesquisa do Kayak a constatação de que, em verdade, não houve perda de turistas pela cidade baiana, mas o fato é que Fortaleza foi quem cresceu mais em função dos pesados investimentos públicos. No caso, os principais fatores considerados são o “hub” da Gol/Air France – KLM, em consequência do que houve uma elevação considerável no número de vôos de e para a capital cearesne.
Indiscutivelmente, Salvador ficou com a forte demanda apenas em virtude dos seus tão importantes eventos na fase da alta estação, como é o caso do Reveillon e do Carnaval. É que o poder público estadual acomodou-se com essas simples oportunidades, deixando de investir, inclusive e sobretudo em promoção, para todo o ano.
Um outro elemento que determinou, igualmente, um “baque” na ocupação hoteleira de Salvador foi a queda vertiginosa da realização de eventos, por conta da desativação do seu Centro de Convenções, vítima de acidente de desabamento de um dos seus setores. Tudo isto aliado à deterioração do seu aeroporto internacional que, por sinal, já se encontra com direção privada e anunciado reforma.
Nos últimos anos, a Capital baiana tem se valido apenas do esforço que a iniciativa privada tem desenvolvido, em busca da preservação dos seus interesses naturais, contando também com o apoio dos setores específicos da Prefeitura, mas que não são em dose suficiente para promover a promoção do destino, como já ocorreu há década passada.
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