Bienal de São Paulo no Pavilhão Ciccillo Matarazzo , no Parque Ibirapuera |
Desde o último dia 7 de setembro e até a de dezembro do corrente ano a 33ª Bienal de São Paulo - Afinidades afetivas - vai privilegiar a experiência individual do espectador na apreciação das obras, em detrimento de um tema que favoreceria uma compreensão pré-estabelecida. Estarão em exposição doze projetos individuais unidos a sete mostras. O público poderá comparecer às terças, quartas, sextas, domingos e feriados de 9h às 19h; às quintas e sábados, de 9h às 22h (entrada até 21h)
O título escolhido pelo curador Gabriel Pérez-Barreiro - apontado pela Fundação Bienal de São Paulo para conceber a mostra - remete ao romance de Johann Wolfgang von Goethe Afinidades eletivas (1809) e à tese “Da natureza afetiva da forma na obra de arte” (1949), de Mário Pedrosa.
O título referido não tem o intuito de dar direcionamento temático à exposição, mas caracteriza a forma de organizar a exposição a partir de vínculos, afinidades artísticas e culturais entre os artistas envolvidos. Como no texto de Pedrosa, há uma proposta de investigação das formas pelas quais a arte cria um ambiente de relação e comunicação, passando do artista para o objeto e para o observador. Presença, atenção e influência do meio são as premissas que norteiam a curadoria desta edição, numa reação a um mundo de verdades prontas, no qual a fragmentação da informação e a dificuldade de concentração levam à alienação e à passividade.
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