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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

O TURISMO PERDE UM DOS SEUS MAIORES DIVULGADORES

Precisamente no dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, deixou, em definitivo, a convivência com a comunidade turística baiana e brasileira, sobretudo os companheiros do setor da “comunicação”, o jornalista EDMUNDO MAGNO DA SILVA LEMOS.
Por mais que tentemos entender que o nascimento e a morte são acontecimentos rotineiros na vida de todo o planeta, na hora de encarar a verdade, é por demais difícil absorver a notícia.
Nos seus 75 anos, Edmundo, que iria comemorar mais um aniversário no dia 22 de novembro, foi vítima de um câncer de próstata que o afligiu durante mais de dois anos.
Embora o seu pouso fosse, durante quase toda a vida, a Cidade do Salvador, capital da “boa terra”, Bahia, já há alguns anos elegeu a bela cidade do sul baiano, Ilhéus, para fincar âncora e gozar das delícias de uma justa aposentadoria.
A biografia de Edmundo Lemos foi muito rica de tantos episódios e de muita andança. Jornalista profissional desde os idos da década de 50, século passado, exerceu com muito sucesso e pontificou na capital baiana como Colunista Social. Aquela atividade o fez credor do apreço, da consideração e da companhia de uma legião imensa de integrantes da sociedade soteropolitana, que o cercou sempre de todos os encômios.
Na atividade jornalística, militou com muita competência e destaque nos veículos baianos “A Tarde”, “Jornal da Bahia” e “Diário de Notícias”, este último integrante do poderoso grupo brasileiro “Diários e Emissoras Associados”, do jornalista paraibano Assis Chateaubriand, até a sua extinção.  
Durante muitos anos, editou em Salvador o “Jornal da ABRAJET”, veículo criado por ele próprio e mantido com o seu esforço. Na sua última fase emprestava colaboração para outros veículos, a exemplo da revista ilheense “Folha da Práia”.
Mas Edmundo Lemos foi uma personalidade multifacetada. Ainda como jornalista profissional, foi, por muitos anos, figura de destaque na direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (SINDJORBA), fosse como seu diretor ou como integrante da Comissão de Ética, ou mesmo como simples colaborador que não deixou de exercer até os seus últimos dias.
Por isto, mereceu do SINDJORBA uma nota oficial que foi divulgada por todos os veículos de comunicação de Salvador.
Mas Edmundo Lemos não se limitou a se constituir em ser um dos mais destacados integrantes da comunicação baiana. Inserido no contexto daqueles que elegeram a atividade do turismo como meta, chegou a alcançar a condição de Presidente do Conselho Baiano de Turismo, por dois períodos. Da mesma sorte como foi ativo integrante da Seccional Bahia da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo – ABRAJET, entidade na qual chegou a exercer também a presidência da Seccional por dois períodos.
Foi sua criação o TROFÉU PRIMEIRA PÁGINA, com o qual homenageou, durante muitos anos, inúmeras personalidades do jornalismo e do turismo baiano.
Já quando a próstata lhe valia um rigoroso tratamento, participou ativamente da fundação, em agosto do ano passado, da CONFRARIA NACIONAL DOS JORNALISTAS DE TURISMO, que aconteceu em Salvador – Bahia, com a participação de profissionais de quase todo o país.
Ao lado dessa atividade profissional, Edmundo Lemos exerceu, durante 40 anos, funções no setor de comunicação e relações públicas da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, em cujo cargo esteva aposentado já há vários anos.
Aliás, sobre aquela sua condição de funcionário da Assembleia baiana, vale lembrar o episódio que o fez conduzir àquela condição. Durante o Governo do Estado da Bahia de Antônio Lomanto Júnior, Edmundo integrou o “staff” do Governador, precisamente no setor de relações públicas, funcionando mais diretamente junto à “Primeira Dama”, Dona Hildete Lomanto.
Ao final do período da administração Lomanto, já nos últimos dias, Edmundo Lemos foi questionado pela Primeira Dama no sentido de que ele já deveria ter sido conduzido a uma condição de efetividade, pois, até então, a sua função era apenas “gratificada”, o que equivalia a não possuir caráter permanente.
A resposta de Edmundo foi de que ele não havia sido contemplado com nenhuma outra situação que lhe assegurasse a sua permanência na condição de servidor público. Verdade que surprendeu à Primeira Dama, porquanto todos os demais integrantes do “staff” do Governador haviam sido contemplados em funções permanentes.
Foi então que, em apenas poucos dias, a própria esposa do Governador buscou forma de destinar situação de efetividade ao seu leal e eficiente colaborador, conseguindo inseri-lo nos quadros funcionais da Assembleia Legislativa. O que lhe valeu, por fim, segurança profissional.
Edmundo Lemos, pois, foi aquela personalidade marcante, sempre de bom humor, amigo dos seus amigos, leal, honesto, verdadeiro, gentil, operoso. Tanto que o seu círculo de relacionamento extrapolou Salvador e a Bahia. Querido e admirado que sempre foi por uma legião imponderável de amigos e admiradores.
Se Deus entendeu ser o momento de Edmundo Lemos, que o seu reino seja a nova e eterna morada dele. 

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