A Bahia está contando com um novo Secretário de Turismo. Egresso do setor de animação, assumiu o cargo por nomeação do Governador do Estado. Embora chegando a proporcionar uma ligeira ameaça de descontentamento por parte do partido político que entende ser dono da vaga, por conta de que, na realidade, a sua indicação veio de outros setores, a observação é de que parece ter ingressado na Setur com o “pé direito”.
Esta afirmação interpreta, estamos convencidos, o fato de que, talvez tenha sido seguramente a sua primeira iniciativa, já como titular, promover encontro com as lideranças da comunidade turística do Estado. Isto porque, com apenas horas no exercício da função, provocou encontro com o Conselho Baiano de Turismo, que é integrado por todos os Presidentes de todas as entidades dos diversos segmentos da atividade no Estado.
E nós tivemos a oportunidade de estar integrando o grupo naquela oportunidade (por conta de sermos o idealizador e fundador da instituição), por sinal, num dos ícones do turismo de Salvador, o Hotel Monte Pascoal, propriedade do atual Presidente da seccional da ABIH, Glicério Lemos. O encontro foi eficientemente conduzido pelo Presidente do CBTur, Roberto Duran que, aliás, também é o atual Presidente do Salvador Destination.
Duas vertentes podem ser apreciadas, decorrentes do diálogo que o Secretário desenvolveu com os seus acolhedores: a primeira delas de que a Secretaria, no momento, encontra-se totalmente desprovida de projetos que lhe possam justificar o funcionamento, nem mesmo simples sinais de que a sua ação vinha proporcionando “oxigênio” para alimentar o turismo da “boa terra”.
Mas, uma outra importantíssima situação converge para a determinação no Governo de que a gestão da promoção do turismo baiano deixou de estar inserida nos atributos da antiga Bahiatursa, hoje simples Superintendência. A partir desta gestão, a Secretaria de Turismo passa a ser a competente para desenvolver toda a promoção do turismo do Estado, tanto a nível nacional como internacional.
À antiga Bahiatursa restou apenas a administração das festas, o que lhe reduziu à sua real apetência nestes últimos anos.
Mas, o que tem maior relevância, em verdade, é o fato de que o Secretário – aliás, repetindo o que dois dos seus antecessores proporcionaram, Deputado NELSON PELLEGRINO e DOMINGOS LEONELLI – iniciou o seu périplo buscando junto àqueles que realmente fazem aquecer a atividade no território baiano, os profissionais dos diversos segmentos, as informações e a parceria, que lhe possam instrumentalizar das condições indispensaveis que lhe assegurem uma gestão produtiva.
Até porque, nos últimos anos, tanto a antiga Bahiatursa como a Secretaria estiveram divorciadas da comunidade turística empresarial e profissional, conquanto aquele último órgão viesse sendo conduzido por um profissional do ramo, um agente de viagens que, por sinal, ao ser convocado para a missão, ocupava a condição de Presidente da Seccional da ABAV na Bahia.
Bom que se evidencie, o novo Secretário demonstrou entender perfeitamente o que constrói toda a engrenagem motora do turismo, e mais, que a maior ou menor aceleração do seu desenvolvimento está diretamente dependente da sua racional promoção, por consequência dos cuidados com o aprefeiçoamento de toda a infra-estrutura.
Uma das assertivas coerentes que o novo Secretário deixou claro no encontro com o CBTur foi de que há premente necessidade de que seja elaborado, urgentemente, um inteligente plano de trabalho, sem o qual não será possivel conseguir-se que o Estado destine os recursos indispensáveis ao funcionamento da máquina em condições satisfatórias
Ficou bastante evidente de que a administração oficial do turismo baiano, até então e nos últimos anos, padeceu da inexistência de projetos capazes de cultivar adequadamente os naturais recursos de Salvador e dos demais destinos no Estado, que são, a priori, as condições naturais para a maior ou menor permanência do visitante.
Durante o encontro entre o novo Secretário do Turismo e os integrantes do Conselho Baiano de Turismo, cada Presidente das entidades dos diversos segmentos expôs as questões que precisam de maiores atenções, precisamente com o fóco de, não somente atrair cada vez maior fluxo mas e sobretudo proporcionar a maior permanência do visitante no destino.
Do que se infere é que o novo titular da pasta está imbuido do firme propósito de conduzir a tarefa, que lhe foi confiada, a “diversas mãos”, convencido de que ninguém pode ser detentor isolado da verdade. E que somente a conjunção de esforços pode proporcionar resultados compensadores.
Aquele foi um primeiro e extremamente valioso contato. Mas o que ficou assentado foi que outros encontros similares ocorrerão, na medida em que as ações venham a ser idealizadas e necessitadas do somatório de intenções.
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