Observando o que ocorre, em termos de Turismo, ainda não explorado, em sua totalidade, com ética, transparência e profissionalismo, em alguns Estados do Brasil, tanto pela iniciativa pública, quanto pela privada, não compreendemos e muito menos aceitamos que um país, com expressivo potencial turístico, reconhecido mundialmente, receba, há anos, somente 6,6 milhões de turistas estrangeiros e acreditamos ser esse número ainda menor.
Afinal, ainda é vergonhoso o montante de reais, liberado pelo Governo Federal, por governantes estaduais e municipais brasileiros, para aplicação na promoção do potencial turístico, nos mercados emissores de turistas, na cultura e na infraestrutura de suporte ao turismo, que impacta mais de 60 atividades econômicas, sociais e culturais.
Para constatarmos o quanto o turismo contribui para o fortalecimento da economia, sem falar de seus inúmeros benefícios aos polos receptores de turistas, mundo afora, registremos, aqui, dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), vinculada às Nações Unidas, informando que, em 2017, o setor cresceu 7% em nível global. Informou, também, que as visitas de turistas chegaram a 1,1 bilhão nos primeiros 10 meses de 2017, equivalendo a 70 milhões de novos visitantes, comparando-se a idêntico período do ano anterior.
Baseando-nos em informações da supracitada organização, tendo por fonte a EBC Agência Brasil, citemos que, dentre os fatores, que contribuíram para o desempenho, estão o crescimento sustentado, ocorrido em muitos destinos e uma recuperação firme naqueles que sofreram declínio no ano anterior. Saliente-se que o estudo destaca ainda o Brasil pela sua “forte recuperação” em despesas com o turismo internacional, que atingiu 33%.
Vamos a outros dados: a China, país que lidera os mercados de origem de visitantes, registrou um aumento de 19%, no período analisado, seguida pela Coreia do Sul, com 11%, e pelos Estados Unidos e Canadá com 9%. Importante frisar, segundo divulgou a EBC, Agência Brasil, que, nas Américas, a América do Sul lidera o crescimento, nas visitas de turistas, com 7%. Já, na América Central e no Caribe, o aumento foi de 4%, o que mostra “sinais claros de recuperação”, em outubro de 2017, após a passagem dos furacões Irma e Maria.
Encerrando nosso artigo, respaldando-nos em informações, divulgadas pelas supracitadas organizações, transcrevemos o que mencionou o diretor geral da OMT, Taleb Rifai: “ Deve ser reconhecida a forte resiliência do turismo, que é refletida no crescimento contínuo em muitos destinos do Oriente Médio e na recuperação rápida em outros destinos”. Comentou, ainda, o dirigente da OMT os benefícios do setor, para as comunidades locais e para os visitantes, na promoção da paz, do entretenimento mútuo, do respeito pelo patrimônio cultural e valores.
No Ceará, o turismo vem sendo levado a sério, pelo Governo do Estado, pela Prefeitura de Fortaleza e algumas prefeituras do interior, com potencial turístico, que, em seus discursos e entrevistas aos meios de comunicação de massa, prometem investir mais, nesse segmento, para que o turismo cearense seja competitivo, em relação a Estados do Centro-Sul e Sul do Brasil, a exemplo de São Paulo (turismo de negócios), Paraná, Rio G. do Sul (Serras Gaúchas) e Santa Catarina (Camboriú, Joinville, Blumenau).
Agora, uma advertência: é aconselhável que autoridades públicas e empresárias do ramo lembrem-se, amiudemente, de que o SUCESSO DE HOJE NÃO GARANTE O DE AMANHÃ. Ao bom entendedor, meia palavra basta, frase repetida, há anos, por muitos populares. Que sejam investidos mais recursos financeiros, nas atividades turísticas, tanto na melhoria da infraestrutura de suporte a esse segmento econômico, quanto na divulgação dos atrativos, sem falar na qualificação da mão de obra, existente nas diversas atividades, ligadas direta e indiretamente à denominada “Indústria sem Chaminés”. Obrigado pela leitura e maravilhoso fim de semana, caro leitor ou leitora.
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