PREFEITO GRECA: “CURITIBA É UMA RUA QUE PASSA POR DIVERSOS PAÍSES”

Praça do Japão

No ano passado, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, durante o Fórum Gramado de Estudos Turísticos, no qual esteve presente a Confraria Nacional de Jornalistas de Turismo, com pormenores falou sobre "Cidades inteligentes e turismo contemporâneo: como conciliar?", Como  o tema é oportuno, e em homenagem aos  326 anos da grande cidade do sul brasileiro,  recordemos o que Greca adiantou para os jornalistas

"Uma cidade só serve para ser visitada se é boa para seus habitantes", comenta Greca, fazendo uma relação com o turismo. A inovação, a qualidade de vida e a valorização da identidade cultural, são citados pelo prefeito como aspectos importante no desenvolvimento de uma cidade. "Curitiba é uma rua que passa por diversos países", ressalta Greca, enaltecendo a história da cidade, formada por imigrantes de diversas partes do mundo.

Greca recebeu em 1996 o Prêmio Mundial do Habitat, da Organização das Nações Unidas, em sua primeira gestão como prefeito da capital do Paraná (1993-1997) e foi Ministro do Turismo entre 1999 e 2000.

INOVAÇÃO - Curitiba tem uma longa história de inovações, lembra o administrador municipal. "Foi uma das primeiras cidades do Brasil a ter um planejamento urbanístico". O Centro Cívico de Curitiba foi o primeiro do Brasil. Idealizado nos anos 1940 pelo urbanista francês Alfred Agache e concretizado em 1953. Hoje a cidade volta suas atenções para o Vale do Pinhão, iniciativa que proporciona um ambiente para startups e empresas com ideias inovadoras desenvolverem seus projetos. A Prefeitura também encaminhou para aprovação na Câmara Municipal de Curitiba, projeto da Lei de Inovação, que prevê a criação do Fundo Municipal de Inovação, a fim gerar financiamentos e dos instrumentos de construção do ecossistema de inovação na cidade.

A iniciativa atraiu olhares internacionais para a cidade, que foi escolhida como sede do Smart City Expo, maior evento de inovação do planeta. A exposição ocorreu em fevereiro de 2018 e atraiu mais de seis mil pessoas para Curitiba.

MEIO AMBIENTE - No aspecto ambiental, Curitiba é uma referência em desenvolvimento. A cidade tem mais de 40 parques e bosques e 101.634876 1112 de área verde, um dos maiores índices da América Latina, São áreas que, além de conservar a natureza local, cumprem outras importantes funções. "Os parques, além de fomentar o turismo e o lazer, são mecanismo de contenção das cheias dos rios que passam pela cidade", explica Greca.

Os parques Tanguá, Tingui - ambos  criados por Greca — e Barigui, por exemplo, têm a função de proteger a bacia do Rio Barigui. São mais lembrados, entretanto, pelas amplas áreas verdes, refúgio da fauna e flora local, e pelas praças esportivas que possuem. O Parque Tanguá, atualmente, é um do preferidos pelos passageiros da Linha Turismo, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Municipal de Turismo de Curitiba. Antes de virar parque, o local seria destinado para abrigar uma usina de reciclagem de caliça e lixo industrial.

IDENTIDADE CULTURAL - Curitiba nasceu da união de vários povos que do lugar fizeram sua morada: indígenas, portugueses, africanos, alemães, italianos, poloneses, ucranianos, japoneses, árabes, entre outros, trouxeram para região suas tradições e costumes. "A valorização dessa identidade cultural é a valorização da personalidade de Curitiba", destaca Greca. "E é isso que os turistas procuram: uma experiência autêntica."

Curitiba tem diversos memoriais das etnias e nacionalidades que formaram a cidade. Além de preservar a memória dos povos pioneiros, servem como ponto de encontro e como palco para celebrar as festas típicas da comunidade.

LUZ DOS PINHAIS: NATAL DE CURITIBA - O programa Luz dos Pinhais: Natal de Curitiba surgiu em 2017 para recuperar a tradição da capital paranaense como destino turístico nas festas de fim de ano. A concepção do projeto foi inovadora, trazendo recursos e a participação da iniciativa privada.

PRAÇA DO JAPÃO - Os japoneses chegaram em Curitiba a partir de 1915, mas foi em 1924 que um número maior de imigrantes se fixou na cidade. Os principais bairros foram o Uberaba e o Campo Comprido. A capital paranaense possui a segunda maior comunidade japonesa do Brasil, atrás somente de São Paulo.

A Praça do Japão é uma homenagem aos imigrantes japoneses e possui o Portal Japonês, o Memorial da Imigração Japonesa, a Biblioteca Municipal da Praça do Japão, onde estão disponíveis publicações em japonês, a Casa de Chá, e ganhou a Casa da Cultura, onde é possível conhecer as dobraduras de papel (origami), da arte floral (ikebana) e dos poemas de três versos (haikai).