COPA DAS CONFEDERAÇÕES COMPENSOU?
Não
nos incluímos entre os que dizem ter o
Brasil prioridades maiores,
razão pela qual não deveria ter sido sede da recém finda Copa das Confederações, tampouco ser
o grande palco da Copa do Mundo de Futebol, programada para junho/julho
de 2014. De fato, o brasileiro de modo geral está sofrendo os efeitos
maléficos, quase crônicos, de administrações que não lhe tiram da miséria, de
uma ação política que dê atenção mínima
para solução dos problemas de saúde,
educação, segurança, mobilidade urbana, dentro de tantos outros tormentos. Mas,
há quanto tempo estes entraves estão a
nos tirar o sono? Há quanto tempo os donos do poder administram mais em
proveito próprio, de seus familiares e apaniguados do que em favor do povo? Há
quanto tempo o dinheiro do nosso suado trabalho nos é arrancado pelos impostos
mais escorchantes do mundo, sem uma aplicação correta na solução dos problemas?
Há quanto tempo pululam na primeira
linha da nossa política administradores, legisladores e julgadores sabidamente
corruptos? Neste “status quo”, os
bilhões destinados à realização de obras para as duas copas da Fifa seriam
mesmo, pelo menos, o início da solução
dos problemas crônicos do País? Diante de tantas indagações, pensamos, a chegada da Copa das Confederações deu ensejo
a que o povo, aproveitando o momento, fosse às ruas cobrar direitos usurpados,
dinheiro público roubado em feitura de obras, protestar com veemência contra
governo, senadores e deputados que são“ficha
suja”, finalmente contra tudo que esta aí de errado há décadas e décadas. Foi o
início, esperamos, de que o povo agora despertou de vez e não vai mais permitir
a política que se vem praticando nem que políticos e administradores desonestos continuem a mandar no Brasil. E o voto é o
caminho mais certo para que isto aconteça.
LEGADO POSITIVO
Cortando
e protestando contra os maléficos vícios que ocorreram e ainda poderão ocorrer
na realização de obras nos doze estados escolhidos para os jogos das duas
copas, o Brasil acordou. Não só por causa de aumentos de tarifas de transportes
públicos ou das verbas destinadas excessivas e mal empregadas em obras das
competições. A gota d’água residiu aí. Mas há muito tempo o pesadelo estava
atravessado na garganta principalmente da juventude. Mas é oportuno dizer que
se não fossem as exigências da Fifa em relação a estádios, mobilidade urbana,
segurança, entre tantas outras cobranças,
seria sonho pensar-se que algo ocorresse neste sentido, em curto prazo.
Pelos menos as cidades-sede dos jogos passam por melhorias estruturais e, o
mais importante, ficando visíveis aos olhos do mundo. Os estádios, imbecilmente
denominados de Arena, por exigência da “madrasta”, certamente não virarão “elefante
branco” como se apregoa. Empresas já estão aí
na administração por arrendamento, a fim realizar mega-shows, como já ocorreu no Estádio
Castelão com a impensável exibição em Fortaleza de Paul Mccartney. Já se anuncia para
setembro, lá, outra exibição grandiosa,
agora badalada Beyoncé. Estes espetáculos rendem impostos significativos e
movimentam várias cadeias produtivas do turismo e do comercio, o que significa
que Estado e Prefeitura terão mais verbas para empregar em saúde, educação e
segurança. Ainda, as melhorias de obras
viárias, a implantação do VLT, a requalificação da Praia de Iracema e da
Avenida Beira-mar, enfim de serviços importantes serão bastante saudáveis para a população. Dinheiro
público empegado na real qualificação da cidade para o turismo e esporte não é
jogado fora como se apregoa. Precisamos de uma Fortaleza limpa, bonita,
saudável, com atrações de impacto como o Castelão, o Centro de Eventos do
Ceará, uma vistosa orla marítima e muito mais. Assim acontecendo, certamente serão
minimizados problemas sociais crônicos.
Qual é a cidade atração turística do mundo que tem um IDH baixo? Temos a impressão de que muita
gente conceituada, competente, precisa pensar melhor e analisar com frieza o
que dizem quando são contra a construção de obras ousadas, exemplo do Acquário,
um investimento que não será apenas uma atração turística mas também importante
centro de estudos
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