Há muita gente, entre os quais intelectuais respeitáveis, que não se conforma com o emprego de verbas muitas vezes vultosas em obras direcionadas ao turismo. Defendem o seu ponto de vista argumentando haver outras prioridades urgentes, como saúde, educação e segurança pública. Aparentemente, têm razão nos seus pontos de vista. De fato, o povo precisa de que os governos nos âmbitos federal, estadual e municipal empreguem o dinheiro que é arrecado através de impostos para resolver ou minimizar os mais primários problemas. Mas é fato também que turismo é um instrumento de máxima valia e capaz de proporcionar não apenas prazer aos que procuram lazer, cultura ou outras formas agradáveis de curtir a vida. É ele fonte expressiva de desenvolvimento para a cidade, de emprego e sobre tudo de arrecadação para os cofres públicos. Todo o dinheiro que lhe é dirigido resulta num investimento de retorno certo, garantido. Toda a verba destinada nos últimos tempos à requalificação do litoral cearense ou de municípios serranos, do centro sul ou do Cariri, para a duplicação de estradas, saneamento básico, construção de aeroportos ou segmentos vários do turismo no final das contas vai ao encontro da melhoria da condição das cidades, do povo, direta ou indiretamente. Sem um cuidado especial, teriam a mesma expressão em atrair visitantes destinos como Fortaleza, Jericoacoara, Canoa Quebrada, Guaramiranga, Viçosa do Ceará, Quixadá, Canindé, Juazeiro do Norte e Crato? Claro que só os investimentos básicos não influenciariam para que estes locais fossem hoje referência para turistas de todo o mundo. E turista chegando é sinal de alegria e fonte de arrecadação para hotéis, resortes, restaurantes, mercados públicos, o comércio em geral, centros de lazer, motoristas, enfim um leque de empresas ou pessoas. E tudo isto, no final, paga impostos generosos ao estado, ao município. Um exemplo claro que investimento em turismo garante retorno em termos de negócios, cultura e arrecadação é o Centro de Eventos do Ceará. Após mil projetos megalômanos, o atual Governo do Estado, enfrentando forte reação, resolveu construir este novo equipamento grandioso, referência no país e fora dele, verdadeira redenção para o turismo de eventos, pois está dotado de uma estrutura exemplar. Muito dinheiro investido, próprio, de empréstimos e do governo federal. A ousadia maior ficou por conta do local. Primeiro, foi necessário desalojar e destruir a Academia de Policia Edgar Facó e levá-la para outro destino. Depois, o bairro Edson Queiroz ficaria saturado, impraticável o trânsito pela Avenida Washington Soares. Hoje o que se vê é o CEC valorizando o bairro e o trânsito com solução bem encaminhada, o turismo de evento do Ceará sendo referência maior. O mais importante, pelo andar da carruagem, dentro de uns poucos anos o dinheiro que foi investido será pago com lucro. Para se ter ideia, só neste setembro lá acontecem 12 grandes encontros, entre congressos e outros acontecimentos. O calendário está cheio para os próximos meses. É uma resposta aos do contra. Certamente, também é razão para que se pense melhor em relação à construção do Acquário Ceará, uma ferramenta de muita importância para estudos da fauna marinha, da cultura e do lazer. A propósito, o investimento para a construção do aquário de Atlanta, nos Estados Unidos, considerado o maior do mundo, foi pago em cinco anos depois da sua inauguração. É ele a grande atração turística da capital sulista americana, sempre cheio com as visitas de estudiosos, idosos e crianças.
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