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sábado, 14 de setembro de 2013

UTOPIA MORAR NUMA CAPITAL MODELO?

O Estado do Ceará, realmente, tornou-se, depois da Bahia, o maior polo receptor de turistas da região nordestina. É o Estado preferido pelas pessoas do Sul e do Centro-Sul, quando pesquisados a respeito de locais, para desfrutarem suas férias, principalmente nos meses de julho e janeiro.·.
Satisfaz-nos constatar que a vinda, em massa, de visitantes às plagas alencarinas não mais ocorre, de forma espontânea e sim fruto das promoções (divulgação do nosso potencial turístico) nas regiões Sul e Sudeste, sem falar da participação em eventos dentro e fora do Brasil (feiras, congressos, seminários, exposições etc.).
Belas praias e paisagens serranas (incluamos as dos sertões) existem em abundância por aí afora. Agora, o chamariz, para nossos atrativos naturais e artificiais, deve-se, sobretudo, ao calor humano e à hospitalidade do povo cearense. Ímpar, a maneira como os cearenses tratam os visitantes! O reconhecimento é deles. Admiram a descontração da população cearense e de seu “modus vivendi”, embora morem num Estado pobre.
Mas, o diferencial deve ocorrer nos preços dos  produtos turísticos, na hospedagem, com diárias competitivas, nos ingressos para diversões, na alimentação, nas peças artesanais,  nas obras de arte, tudo isso com preços abaixo de outros mercados turísticos. Infelizmente, ainda, a exploramos os turistas, quando o correto é explorar o turismo com profissionalismo.
Bem! Vamos tocar na mesma tecla: continuamos pecando na prestação de serviços aos turistas e aos conterrâneos. Há exceções, claro, todavia os justos pagam pelos pecadores. Sempre é assim, quando poucos trabalham de maneira profissional e pautados nos princípios éticos. E como os inescrupulosos ferem a ética!
Apesar do que vem sendo feito pelas autoridades estaduais e municipais, continuamos a ouvir reclamações de turistas a respeito, também, da sujeira da cidade, buraqueira no asfalto, inclusive nos corredores turísticos.
Reconhecemos que há muitas obras em construção e que, futuramente, tornarão Fortaleza mais bonita, melhor sinalizada, com tráfego mais desobstruído, asfalto, nas avenidas e ruas, sem os horríveis remendos, melhor iluminação, praças zeladas, prédios, muros e monumentos sem pichações, vias livres de flanelinhas drogados etc.
Na verdade, almejamos uma cidade “nos trinques”, para ninguém botar defeitos. Utopia? Não; apenas, desejo infrene de morar numa capital e poder constatar o quanto as autoridades, responsáveis pela infraestrutura e serviços, cumprem o que prometem nas campanhas eleitorais. Com vontade política, é meio caminho andado, para resolver-se problemas urbanos.

Antonio José de Oliveira
Diretor da Abrajet-Ceará

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