A Gameleira no centro histórico |
A história da capital do Acre, Rio Branco, confunde-se com a própria história do Estado. E ela está diretamente ligada ao pioneirismo de um cearense. Seguindo a sina aventureira dos ancestrais em busca de novos horizontes, quase sempre forçados pelas constantes secas, o “cabeça chata” Neutel Maia foi com a família para a longínqua Amazônia em busca de melhores dias. Diz a tradição que ele e outros nordestinos, numa viagem Rio Acre a dentro, avistou uma frondosa gameleira, resolvendo no momento que o local, à margem direita do rio, ao longo de grande curva, seria ótimo para que fosse sede de um seringal. Então, com os companheiros de jornada, iniciou a construção do seu primeiro seringal, que chamou de Seringal Volta da Empresa,construindo barracões e preparando o local para morada. As terras da ocupação eram habitadas pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris” . Após se estabelecerem, foram além. À margem esquerda do rio Acre, Neutel e companheiros construiram o Seringal Empresa, o segundo das suas propriedades.
A tradição conta e a História confirma que com o passar dos tempos os aventureiros brasileiros travaram violentos combates na Volta da Empresa com tropas bolivianas. De fato as terras em litigio, simbolizadas na famosa gameleira, ainda hoje pujante testemunha de um passado sangrento, pertenciam à Bolivia. A invasão e os seus desdobramentos tiveram como desfecho a conhecida Revolução Acreana. Após muitos tempos e contra-tempos, o Acre se tornou parte oficial do Brasil, no início deste século, graças ao Tratado de Petrópolis de 17 de novembro de 1903. Figura exponencial nas negociações com a Bolívia foi o diplomata José Maria da Silva Paranhos Júnior, o famoso Barão do Rio Branco. Mas tam bém tiveram importante papel Assis Brasil e Plácido de Castro.
CAPITAL DINÂMICA – Já se vão 132 anos (completados em 28/12) que Rio Branco tem vida autônoma. A capital do Acre, não obstante situada numa extrema da longínqua Amazônia, mostra-se como pujante força da nacionalidade brasileira. Se não se destaca em número de população, talvez por isso mesmo se supera e é influente no poder decisório instalado em Brasília. É uma cidade moderna e que acompanha o progresso, oferecendo vida saudável aos seus habitantes. As ruas de Rio Branco remontam momentos históricos dos tempos áureos da extração da borracha. Como símbolo marcante, lá está a centenária árvore da gameleira – com mais de 20 metros de altura e 2,5 metros de diâmetro – que marca o ponto exato de fundação da cidade, pelo seringalista Neutel Maia, em 1882. Muitos edifícios novos, comércio pujante, shoppings, hotéis, restaurantes e outras marcas da modernidade, afora o fácil contato com a Floresta Amazônica, indicam que Rio Branco merece ser melhor conhecida.
TURISMO – Como é natural, a capital do Acre possui um turismo muito diferente de outras regiões do País que não sejam o Norte. A natureza é a sua maior riqueza. Contudo oferece oportunidade aos visitantes para passar bons momentos, num clima que, não obstante encontrar-se nas proximidades da linha do Equador, é ameno, variando entre 20 e 26 graus.
Entre as atrações da capital acreana, afora os passeios de contemplação da rica natureza, pode-se citar:
A Praça da Revolução, onde está a sede do comando da Polícia do Acre ; o ,Palácio Rio Branco, de muito valor político, arquitetônico e cultural, construído em 1930; a Gameleira história, na "curva" do rio Acre, onde a cidade nasceu; a Catedral de Nossa Senhora de Nazaré, de estilo romano, inaugurada em 1959; o Mercado Velho, construção de 1920; a Praça Plácido de Castro (conhecida como Parça da Revolução); o Parque da Maternidade, inaugurado em 2002; o Memorial dos Autonomistas com seu museu apresentando tudo sobre a aquisição do Acre pelo Brasil, além do grande acervo de fotos históricas do Estado; Passarela Joaquim Macedo; o Museu da Borracha, reunindo peças de arqueologia, paleontologia, história, manuscritos e documentos referentes ao Estado; o Parque da Maternidade, considerado a maior expressão da Capital, dotado de quadras de esportes, quiosques, restaurantes, ciclovia e pistas de skate. Finalmente, para momentos de lazer e compras, o Via Verde Shopping, com pouco mais de três anos de inauguração, com tudo de moderno que ostentam os maiores shoppings do País.
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